O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (17/08) a Pequim para uma visita oficial à China de seis dias, informou a agência oficial Xinhua, uma viagem no qual, segundo a imprensa chinesa, Washington tentará recuperar de Pequim, seu maior credor, a confiança em sua economia e em sua solvência.
Como destacaram analistas na Xinhua, a China pedirá a Biden garantias de que a economia norte-americana está em boas mãos, após a intranquilidade gerada na segunda economia mundial diante da recente degradação da dívida americana por Standard & Poor's (S&P), e o aumento do teto dessa dívida.
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O país asiático é o maior credor da dívida americana, acumulando US$ 1,15 trilhão de bônus norte-americanos (um terço de sua reserva de divisas, que é a maior do mundo), por isso que qualquer problema financeiro de Washington repercutiria negativamente em Pequim.
Como costuma ocorrer durante as visitas de líderes norte-americanos é provável que a China demonstre sua oposição ao fato de os EUA venderem armas ao Taiwan, agora que os legisladores americanos pressionam em Washington para a venda de uma remessa de aviões caça F-16 à ilha separada do regime comunista desde 1949.
A casualidade quis que Biden chegasse na mesma data, 17 de agosto, em que ambos os países assinaram há 29 anos um acordo segundo o qual Washington se comprometia a “não vender armas ao Taiwan no longo prazo” e reduzir gradualmente esse comércio, um tratado que Pequim certamente lembrará o vice-presidente.
Biden se reunirá também com o atual presidente da China, Hu Jintao, e com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, embora o primeiro encontro, na quinta-feira, será com o vice-presidente chinês Xi Jinping, quem deve assumir a Secretaria-Geral do Partido Comunista e em 2013 a Presidência do gigante asiático.
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