O governo Joe Biden anunciou nesta segunda-feira (25/01) que pretende retomar o plano de estampar a abolicionista e ativista negra Harriet Tubman na nota de US$ 20.
O projeto havia sido anunciado em 2016, pelo ex-presidente Barack Obama, mas foi abandonado pelo governo Donald Trump. A medida sendo aprovada, Tubman será a primeira mulher negra a estampar uma nota de dólar.
De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, o governo está “explorando” formas de “acelerar” o processo para que o novo rosto seja estampado, declarando a importância da imagem da ativista.
“É importante que nossas notas reflitam a história e a diversidade de nosso país e a imagem de Harriet Tubman agraciando a nova nota de US$ 20 certamente refletiria isso. Portanto, estamos explorando maneiras de acelerar esse esforço”, disse.
Harriet Tubman nasceu escrava e cresceu trabalhando em uma plantação de Maryland, antes de escapar, com cerca de 20 anos. Ela ajudou dezenas de escravos a fugirem para o norte dos Estados Unidos e para o Canadá. Além disso, trabalhou como espiã da União durante a Guerra Civil norte-americana e lutou pelo direito ao voto das mulheres. Ela morreu em 1913, aos 91 anos.
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Projeto havia sido anunciado em 2016, pelo ex-presidente Barack Obama, mas foi abandonado pelo governo Donald Trump
Atualmente, a nota de US$ 20 traz a estampa de Andrew Jackson, o sétimo presidente dos Estados Unidos. A homenagem a Jackson recebe muitas críticas, uma vez que o ex-presidente teve uma propriedade de escravos e demonstrava tratamento agressivo contra os nativos norte-americanos.
Em 2016, como candidato presidencial, Trump sugeriu que Tubman seria mais adequada para a cédula de US$ 2, uma nota que hoje em dia é raramente vista em circulação.
Nenhuma mulher foi retratada nas cédulas dos EUA desde a ex-primeira-dama Martha Washington, entre 1891 a 1896, e a nativa norte-americana Pocahontas, que fez parte de uma imagem com várias pessoas na nota de US$ 20 de 1865 a 1869.
Outras mulheres, incluindo a intérprete indígena Sacagawea, a sufragista Susan B. Anthony e a autora e ativista Helen Keller, figuraram em moedas.
(*) Com Sputnik.