O grupo Boko Haram libertou 192 pessoas, a maior parte delas mulheres, que estavam em poder do grupo desde janeiro do ano passado.
A libertação ocorreu no estado de Yobe, situado no nordeste da Nigéria, e foi confirmada neste domingo (25/01) por fontes municipais e de segurança para a imprensa local.
Agência Efe
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As mulheres eram da cidade de Katarko, situada a 20 quilômetros da capital regional, Damaturu. Foi nesta localidade que um grupo de 218 pessoas foi sequestrado, como informou o dirigente local Alhaji Goni ao jornal Daily Trust.
Os integrantes do Boko Haram chamaram as famílias das reféns para que as pegassem no município de Gazargana, disse Goni.
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Malama Ayisha, que conseguiu escapar, relatou como os jihadistas as reuniram e lhes pediram que formassem dois grupos: um composto por quem queria ficar com eles e outro com aquelas que queriam ir embora.
“Muitas rejeitamos sua oferta. O líder disse que devíamos ser expulsas do território para voltar à terra dos infiéis”, lembrou.
Também neste domingo, o grupo tem travado intensos combates com o Exército nigeriano. Os jihadistas atacaram Maiduguri, a cidade mais importante do norte da Nigéria. A intensa batalha obrigou a imposição de um toque de recolher na capital “até novo aviso”, como informou o Ministério da Defesa através de sua conta no Twitter.
A notícia da libertação das reféns e a intensificação dos ataques coincidem com a visita à Nigéria do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que pretende apoiar a luta contra o Boko Haram e abordar as próximas eleições de fevereiro com o presidente nigeriano e candidato à reeleição, Goodluck Jonathan.
(*) com informações da Agência Efe