A autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, colocou nesta quinta-feira (16/01) agentes de segurança pública e as Forças Armadas nas ruas da Bolívia a fim de conter possíveis manifestações no dia do Estado Plurinacional, em 22 de janeiro.
Segundo o jornal La Rázon, policiais e militares trabalharão em “operações conjuntas” com apoio de grupos táticos para que seja realizado um “patrulhamento preventivo”.
O dia do Estado Plurinacional, feriado nacional na Bolívia, comemora a nova Constituição boliviana firmada em 2009, no governo do ex-presidente Evo Morales, forçado a renunciar à presidência no dia 10 de novembro após um golpe de Estado. Apoiadores do ex-presidente anunciaram mobilizações em comemoração à data e protestos contra o governo interino de Áñez.
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Nesta quarta-feira (15/01), o Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP) aprovou uma lei que amplia o mandato de Áñez e dos legisladores bolivianos até 3 de maio, data em que serão realizadas novas eleições gerais na Bolívia. O governo interino teria seu mandato expirado em 22 de janeiro.
A Constituição da Bolívia define que a posse de um presidente eleito acontece sempre no dia 22 de janeiro do ano seguinte ao das eleições.
Reprodução
Jeanine Áñez condecorou policiais "em reconhecimento à sua importante participação nos eventos de novembro"
De acordo com o calendário eleitoral divulgado pelo Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) do país, os mandatos da autoproclamada e dos deputados podem ser prorrogados até 22 de julho, no caso de um segundo turno das eleições presidenciais convocadas por Áñez.
“No caso de um segundo turno, que seria realizado em 14 de junho, a posse das autoridades seria entre 8 e 22 de julho”, definiu o TSE.