Atualizada às 11h08
A apuração dos resultados do referendo na Bolívia apontam, até o momento, para uma vitória do ‘não’ à possibilidade de Evo Morales, atual presidente do país, concorrer a mais um mandato. De acordo com os números divulgados pelo TSE (Tribunal Supremo Eleitoral), com 76,3% das atas verificadas, o ‘não’ tem 55,5%, contra 44,5% do ‘sim’. Cada ata traz o número de votos de determinada seção.
De acordo com os números do TSE, o 'não', até agora, tem, nas atas analisadas, 2.132.017 votos, contra 1.713.354 do 'sim'. Votos brancos e nulos representam 4,5% do total. A participação foi de cerca de 85%.
Agência Efe
Contagem de atas mostra vantagem do 'não' em referendo na Bolívia
Já na apuração voto a voto, em que eles são contados individualmente, o 'sim' vence com 63,21% contra 36,79% do 'não'. No entanto, estes resultados ainda são muito preliminares, já que apenas 28% deles haviam sido contabilizados até as 11h de Brasília.
Os resultados definitivos, no entanto, só devem sair em uma semana.
As pesquisas de boca de urna, apesar de apontarem um empate técnico, já indicavam uma vitória do ‘não’. A chamada contagem rápida — feita com base no resultado apurado de algumas mesas —divulgada pela empresa Moris na noite do domingo (21/02) — falava em 51% para a resposta negativa; já a da Ipsos colocava o ‘não’ com 52,3%.
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Ainda na noite de domingo, o governo pedia prudência na hora de analisar os resultados, comemorados pela oposição nas ruas de diversas cidades do país.
“Confiamos que os resultados serão favoráveis, mas vamos esperar o resultado”, afirmou o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera. Com dados da votação de 2014, ressaltou, em entrevista coletiva concedida a veículos internacionais em La Paz, o fato de que as empresas de pesquisa “sempre chegarem próximo ao resultado, mas os dados finais no fim diferem em alguns pontos” do que é divulgado após a votação.
As pesquisas de boca-de-urna, no entanto, apontam que, por exemplo, em algumas áreas onde o governo é forte, como na zona rural, o ‘não’ leva vantagem. Em Cochabamba, mostra o levantamento da Ipsos, a resposta negativa deve ganhar com 52,1%, contra 47,9%. De acordo com o jornal La Razón, a diferença foi maior na cidade de Cochabamba, capital da região – 62,4% para o ‘não’ contra 37,6% para o ‘sim’. Esses números, prossegue o periódico, mostram que os votos da zona rural diminuíram a vantagem do ‘não’, porém não de forma suficiente.