O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quarta-feira (22/12) o reconhecimento da Palestina como Estado independente e soberano, como fizeram Brasil e Argentina este mês.
“Assim como outros países, como o Brasil, a Bolívia receonhece o Estado palestino, sua independência, sua soberania”, disse o presidente boliviano, Evo Morales, em uma coletiva de imprensa na sede do governo, segundo a rede de televisão venezuelana Telesur.
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Morales disse também que a decisão foi tomada após análise do governo, que constatou “graves problemas que os palestinos têm”, com os Estados vizinhos, e que “a Bolívia não quer continuar esperando a solução de braços cruzados”.
“A Bolívia não podia mais esperar diante dos problemas de direitos humanos, temas territoriais, temas de soberania que a Palestina precisa enfrentar”, disse Morales.
Na coletiva, Morales disse também que Israel “comete um genocídio” contra o povo palestino e pediu a outros países e organismos internacionais que assumam a responsabilidade para tentar conter Israel. Em janeiro de 2009, Morales rompeu relações com Israel como resposta à ofensiva militar na Faixa de Gaza, que deixou milhares de mortos.
Na semana passada, durante a 40ª cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, o presidente boliviano havia anunciado que seu país reconheceria o Estado palestino. “A Bolívia enviará uma carta ao presidente da Palestina reconhecendo-a como Estado independente e soberano”, adiantou Morales.
Onda de reconhecimento
O reconhecimento boliviano ao Estado Palestino independente com as fronteiras de 1967 ocorre depois de Brasil e Argentina tomarem a mesma decisão no início de dezembro. O Uruguai formalizará as relações diplomáticas com a Palestina no começo de 2011, com a instalação de uma embaixada.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, expressou satisfação com o reconhecimento por parte da Bolívia, segundo a agência oficial palestina Wafa.
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O negociador palestino, Saeb Erekat, também agradeceu “ao povo irmão boliviano e ao seu presidente, Evo Morales” e afirmou que o reconhecimento “é um grande passo na direção correta, alinhado com o Direito Internacional e coerente com a política exterior dos países latino-americanos”.
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