As bolsas da Ásia se recuperaram depois da acentuada queda da semana passada provocada pela crise de dívida de Dubai. A avaliação de que os efeitos de um potencial calote serão limitados foi reforçada com uma série de garantias de autoridades que ajudaram a acalmar os nervos dos investidores. As ações do setor bancário, que enfrentaram a maior parte do movimento de venda da sexta-feira, lideraram os ganhos hoje (30).
As ações em Hong Kong, que sofreram a maior perda diária em oito meses na sexta-feira, e o mercado acionário de Tóquio, que encerrou no menor nível em quatro meses na semana passada, registraram os maiores ganhos na região nesta segunda-feira. A bolsa de Tóquio subiu 2,91%, a 9.435 pontos. O mercado em Hong Kong disparou 3,25%, a 21.821 pontos.
O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 2,68% às 7h46 (horário de Brasília), a 402 pontos. Enquanto isso, o indicador Thomson Reuters de ações regionais avançava 2,47%.
No entanto, ações nos Emirados Árabes Unidos, sendo negociadas pela primeira vez desde o pedido de adiamento de pagamento de bilhões de dólares em dívida, afundavam 7,3% em Dubai e 8,24% em Abu Dhabi .
No domingo, os Emirados Árabes Unidos ofereceram apoio emergencial a bancos para reduzir temores nos mercados financeiros, apesar de analistas afirmarem que a medida de injeção de liquidez nos bancos de Dubai pelo banco central, junto com promessas de apoio de Abu Dhabi, representaram o mínimo que poderiam fazer.
Em Seul, o vice-ministro de Finanças Hur Kyung-wook, afirmou que o governo manterá um sistema de monitoramento diário até que o inicidente de Dubai seja resolvido. A bolsa de Seul subiu 2,04%, para 1.555 pontos.
O movimento de alta dos mercados além dos bancos, foi liderado também por papéis do setor de construção, que foram os maiores perdedores na semana passada depois que investidores reduziram exposição aos setores mais vulneráveis à incerteza econômica.
As ações do HSBC , maior banco da Europa e detentor da maior exposição aos Emirados Árabes Unidos, subiram 4,25% depois de terem caído 7,59% na sexta-feira.
Xangai avançou 3,2%, Cingapura recuou 1,09% e Taiwan teve valorização de 1,22%. Sydney teve ganho de 2,83%.
Europa
As principais bolsas europeias caíram, com os persistentes temores sobre o impacto da crise de dívida de Dubai. As ações de petrolíferas e instituições financeiras puxavam as baixas.
Às 8h21 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 exibia queda de 1,31%, a 986,52 pontos. As ações ligadas à energia tinham o pior desempenho. O BG Group, BP e Royal Dutch Shell cediam entre 1,22% e 2,2%.
“O sentimento geral da crise de Dubai é de que ela será contida”, afirmou Bernard McAlinden, estrategista de mercado na NCB Stockbrokers.
Ações de bancos figuravam entre as mais desvalorizadas, com o Société Générale , Lloyds e Barclays perdendo entre 1,67% e 4,86%.
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