Os mercados financeiros em Nova York e em São Paulo fecharam em alta hoje (22), mesmo com alguns dados positivos e outros negativos. A BM&F Bovespa fechou com 1,05%, aos 66.134 pontos, com giro financeiro de 5,72 bilhões de reais.
O Dow Jones, principal índice de Wall Street, também teve ganhos, fechando o pregão com alta de 1,27%. Nasdaq, a bolsa eletrônica, teve alta de 0,60%. Já o IPC da Bolsa do México teve queda de 0,38%, e o IPSA da Bolsa de Santiago também fechou em baixa, com 0,28%.
Uma das notícias que motivaram os investidores no Brasil foi a divulgação do nível de desemprego pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O índice recuou a 7,7% em setembro, atingindo o menor patamar do ano.
O mercado internacional também reagiu aos dados da economia chinesa, que no terceiro trimestre registrou crescimento de 8,9% no PIB (Produto Interno Bruto), abaixo dos 9% esperados pelo mercado. Já a produção industrial cresceu 13,9% no mês, o melhor ritmo em um ano.
Empresas de vários setores divulgaram balanços. A Usiminas divulgou queda de 23% no lucro líquido, que fechou o terceiro trimestre em 454 milhões de reais. A Nestlé, por sua vez, teve alta de 2% na receita entre os meses de julho e setembro. Já a Natura viu lucro crescer 19,1%, para 190,2 milhões de reais no 3º trimestre. A receita líquida foi de 1,054 bilhão de reais, um crescimento de 15,9% em relação ao terceiro trimestre de 2008. A operadora de telecomunicações GVT saiu de prejuízo para lucro líquido no terceiro trimestre, encerrando o período com ganho de 57,2 milhões de reais, considerado recorde pela administração, ante um prejuízo de R$ 14,8 milhões no terceiro trimestre de 2008.
O dólar comercial fechou o pregão estável, a 1,723 real para compra e 1,725 real para venda.
Na Europa
As bolsas europeias encerraram o pregão em baixa puxadas pela queda das ações do setor bancário e pela correção de preços das ações ligadas ao setor petrolífero. Resultados frustrantes na área de telefonia também conduziram a perdas.
O FTSE-100, de Londres teve desvalorização de 0,96%. Em Frankfurt, a baixa foi de 1,21%. Também perderam Paris, com 1,35%; Milão, 1,50%; e Madri, 0,30%.
O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais empresas da Europa, fechou em baixa de 1%.
Apesar de o pregão ter fechado no vermelho, analistas europeus acreditam que o momento é ideal para atrair investidores. “Esses mercados estão à beira de um período de consolidação; se alguém procura realizar bons lucros esse é o momento mais oportuno”, afirmou Mike Lenhoff, estrategista na Brewin Dolphin.
“Podemos ter alguns números desagradáveis, mas se olharmos o fluxo de notícias que estão chegando, eu não creio que alguém possa dizer que o que vimos até agora é ruim”, explicou.
O setor bancário esteve entre os mais desvalorizados. O Credit Suisse cedeu 3,1% após apresentar seu balanço trimestral, com analistas apontando uma redução de 16% nas receitas do banco de investimento ante o trimestre anterior e lucros antes de impostos menores, com margens na unidade de banco privado também reduzidas. Os bancos HSBC (britânico), Santander (espanhol) e BNP Paribas (francês) perderam entre 1% e 1,7%.
As ações da Ericsson desvalorizaram 6,22% em Estocolmo após informar que o ganho líquido foi 71% mais fraco no trimestre do que o esperado pelo mercado, por conta da diminuição de vendas.
Petróleo
Depois de chegar a mais de 81 dólares o barril ontem, os contratos futuros de petróleo se ajustaram para baixo e derrubaram também as ações de algumas companhias como a BG Group, cujos papéis caíram 1,48% na bolsa londrina.
Também recuaram 0,76% as ações da Total em Paris e os papéis da Royal Dutch Shell, que perderam 1,36%. As ações da BP perderam 1,40% em Londres.
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