A explosão de uma bomba no metrô de Santiago nesta segunda-feira (08/09) fez o governo da presidente Michelle Bachelet reforçar o esquema de segurança no aniversário de 41 anos do golpe de Estado no Chile. Nesta quinta-feira, 11 de setembro, cerca de 2.600 carabineiros (polícia militarizada) estarão nas ruas da capital chilena.
Agência Efe
Pronunciamento de Bachelet após a reunião desta terça-feira
O subsecretario do Ministério do Interior, Mahmoud Aleuy, anunciou aumento de mais de mil policiais e a ativação de todas as tropas de Forças Especiais e brigadas comunais espalhados por 15 comunas da cidade. “Estaremos para garantir a segurança das pessoas, não para criar um clima de confronto, mas estaremos preparados para qualquer situação”, afirmou Aleuy.
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As tropas adicionais estarão espalhadas pelo centro da capital, próximas ao Palácio de La Moneda, e no Cemitério Geral, onde costumam acontecer os atos com maior público, além de comunas como San Miguel, Cerrillos, Puente Alto e Pedro Aguirre Cerda, consideradas críticas devido ao histórico de enfrentamento com a polícia e pela formação de barricadas.
A empresa Metro de Santiago também está preparando um operativo especial, que começou na mesma tarde do atentado, com a retirada das latas de lixo de algumas estações – nesta terça-feira (9/9), a tarefa foi concluída em todas as estações da cidade. Também se está trabalhando em uma ação coordenada entre fiscais do metrô com a PDI (Polícia de Investigações, correspondente à polícia civil), que espalhará pessoal à paisana em pontos estratégicos.
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O presidente do Metro de Santiago, Aldo González, garantiu que o Metrô estará preparado para eventualidades. “O novo protocolo discutido hoje com a presidenta Bachelet, no Conselho Emergencial de Segurança [que se reuniu na manhã de hoje) estará funcionando já nesta quarta-feira (10/9), e os cidadãos pode usar o transporte público sem temor, porque estaremos preparados para atuar diante de qualquer coisa fora do normal”.
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A presidente também deu declarações após a reunião do Conselho de Segurança, e disse que “este governo não permitirá que um grupo reduzido de terroristas covardes afete a vida da grande maioria das mulheres e homens que querem viver num Chile em paz. Vamos encontrá-los e aplicaremos a eles todo o peso da lei”. O atentado de ontem deixou 14 feridos.