Estima-se que pelo menos 21 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um bombardeio das Forças Armadas da Síria sobre a cidade litorânea de Latakia, no noroeste do país. A informação foi dada à agência de notícias Efe por Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório de Direitos Humanos sírio, com tem sede em Londres.
Os bombardeios, segundo a Efe, foram feitos a partir de navios de guerra e para terra firme. Perto da região atingida, há um campo de refugiados palestinos. Portanto, algumas das vítimas são palestinas.
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Abdel Rahman afirmou em entrevista por telefone concedida de Londres, que muitos feridos estão em estado grave, e por isso que o número de mortos pode aumentar.
Grupos oposicionistas afirmam que veículos militares e tropas se desdobraram nas ruas e apontam suas metralhadoras em direção ao minarete (torre) de uma mesquita. Além disso, informaram que centenas de pessoas foram detidas.
A oposição e ONGs internacionais denunciam que, desde o início do mês, em paralelo ao Ramadã (mês sagrado do calendário islâmico), o Exército sírio aumentou a repressão no país.
O governo de Bashar Al Assad não se manifestou diante das acusações de bombardeio em Latakia, de acordo com a agência de notícias oficial Sana.
Desde março, a Síria vive uma onda de protestos de manifestantes que
reivindicam eleições parlamentares e presidenciais, abertura política,
garantia de direitos fundamentais, como o de expressão e imprensa, além
do fim das violação aos direitos humanos. O governo já promoveu algumas dessas reformas, mas a oposição não as considera suficiente.
A estimativa das entidades civis é que cerca de duas mil pessoas tenham morrido desde março.
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