A British Petroleum anunciou nesta quinta-feira (15/7) que o vazamento de petróleo no poço no Golfo do México foi contido pela primeira vez desde o desastre que aconteceu em abril. Após testes realizados, disse a empresa, o sistema instalado sobre o poço aberto “respondeu bem” e o fluxo de óleo cru foi estancado.
Em comunicado, a BP disse que, durante as provas, as três aberturas continuaram fechadas, “o que a efeitos práticos fecha o poço”. Entretanto, não há garantias que a nova alternativa, que inclui a instalação de uma nova válvula sobre o poço, consiga conter o derramamento de petróleo sem causar danos na estrutura como novas rachaduras. “Embora não se possa garantir, se espera que não se derrame mais petróleo no mar”, acrescenta a nota.
O procedimento de contenção foi retomado após suspendê-los durante a noite de quarta-feira (14/7) após problemas com uma válvula que já foram resolvidos, o que diminuiu o tempo dos primeiros testes de 48 para seis horas.
Porém, nem a redução do período de testes nem a estagnação momentânea do vazamento garantem que o fluxo de petróleo e gás do poço tenha sido contido de maneira permanente. O comunicado explica que os testes mediram a pressão interna do sistema. Caso esta seja baixa demais, leva a uma fuga similar à detectada na noite anterior, o que significaria uma falha no processo e exigiria uma nova fase de testes.
Notícia boa
Em entrevista coletiva, o coordenador da operação oficial de contenção do vazamento, almirante Thad Allen, disse que o registro de pressão alta será uma boa notícia, pois quer dizer que o dispositivo funcionou devidamente e que está em condições de suportar o fluxo de petróleo.
Se os testes derem resultados positivos e o sistema entrar em funcionamento, ele seria conectado por meio de dutos a navios na superfície. Mesmo assim, o atual sistema será apenas provisório, enquanto a solução permanente serão dois poços auxiliares, por meio dos quais se injetaria uma mistura de lama pesada e cimento que selara o poço e conteria permanentemente o vazamento.
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