O governo brasileiro dará suporte técnico para a Venezuela tentar reduzir os seus problemas de falta de energia elétrica, de acordo com informações de jornais brasileiros. A ideia é enviar um grupo de especialistas brasileiros para ajudar o governo de Hugo Chávez a implementar medidas para melhorar o aproveitamento do potencial de produção de energia venezuelano.
Diante da falta de chuvas e do baixo nível dos reservatórios das suas hidrelétricas, a Venezuela vem adotando desde o fim do ano passado uma política de racionamento, que afetou até o estado brasileiro de Roraima (importador de energia do país vizinho), segundo a Agência Estado.
O auxílio do governo brasileiro foi acertado na quinta-feira, em Caracas, durante uma visita do assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, conforme noticiou a Folha de S. Paulo ontem (30).
Em entrevista ao jornal, o assessor internacional do Planalto afirmou que estão sendo acertadas medidas de “curto prazo” e que o governo brasileiro quer “assessorar” os venezuelanos com medidas de médio e longo prazo.
Segundo a reportagem, Garcia relatou que uma melhor manutenção do sistema elétrico venezuelano ajudaria a reduzir a crise. “Há muita coisa que pode ser resolvida exclusivamente com operações de manutenção, que reduziriam a ameaça de desabastecimento”.
No total, 70% da eletricidade da Venezuela tem como origem a represa de El Guri, na bacia do rio Caroní (sudeste), segundo as autoridades. Os 30% restantes são produzidos por usinas termoelétricas.
Próximos passos
O trabalho técnico deve começar nos próximos dias, com a chegada de uma comitiva venezuelana a Brasília para expor os principais problemas que atingem o sistema elétrico do país.
Depois dessa reunião, o Brasil enviará à Venezuela especialistas do setor elétrico (de estatais brasileiras da área de geração de energia) para auxiliar o país vizinho na implementação de medidas emergenciais que aumentem a eficiência de sua produção de energia.
O objetivo é aproveitar a experiência brasileira na administração de grandes hidrelétricas, como Itaipu e Tucuruí, e no enfrentamento de crises, como a do racionamento, provocada pelo apagão de 2001.
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