Os governos do Brasil, Chile e Peru detectaram, até esta quinta-feira (14/07), quase 5 mil carros roubados em seus países em uma lista de quase 130 mil unidades localizadas na Bolívia. Estes veículos, supostamente contrabandeados, se beneficiarão de uma anistia no país andino decretada pelo presidente Evo Morales. Os números foram confirmados por fontes oficiais bolivianas.
O embaixador brasileiro em La Paz, Marcel Biato, indicou em entrevista coletiva que são “milhares” os carros roubados no Brasil inscritos na base de dados da alfândega boliviana e que serão regularizados.
Leia mais:
Cidade boliviana na fronteira com o Brasil faz protesto para regularizar carros
Bolívia consegue reduzir número de pessoas na pobreza extrema, diz FMI
A favor da coca e contra o narcotráfico, Bolívia abandona convenção da ONU sobre entorpecentes
Seminário: líderes discutem integração sul-americana pautada pela solidariedade
ONU destaca avanços na igualdade de gêneros na América Latina
Biato não revelou a quantidade exata de carros contrabandeados, mas outras fontes oficiais confirmaram à agência Efe que o número ronda os 4 mil, que aparecem em uma base de dados de veículos roubados nos últimos onze anos, e acrescentaram que esse número pode aumentar no decorrer da investigação.
O diplomata ofereceu a entrevista coletiva ao lado do vice-chanceler boliviano, Juan Carlos Alurralde, após uma reunião com autoridades da alfândega que administram a anistia de veículos contrabandeados decretada por Morales.
Segundo o embaixador, o Brasil intercambiou dados com a alfândega boliviana e os carros registrados como roubados serão confiscados para serem devolvidos a seus proprietários.
Biato afirmou que a troca de dados aconteceu porque os carros que foram roubados e entraram em território boliviano por contrabando poderiam estar vinculados ao narcotráfico e ao roubo de armas.
O vice-chanceler Alurralde destacou que o cruzamento de informações com os países vizinhos permitiu que fossem encontrados os carros roubados e afirmou que eles serão apreendidos e devolvidos a seus proprietários.
Alurralde acrescentou que a Bolívia não quer divulgar o número preciso de veículos denunciados como roubados porque isso, segundo ele, poderia impedir as apreensões.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL