A Rússia afirmou nesta segunda-feira (31/10) que vê o Brasil como um “forte candidato” para assumir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas caso ocorra uma reforma no órgão.
A mensagem foi enviada pelo Ministério das Relações Exteriores russo ao Itamaraty após as eleições presidenciais realizadas no Brasil e que tiveram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva como novo mandatário.
“Apreciamos muito o papel do Brasil nos assuntos internacionais, seus esforços consistentes para fortalecer princípios construtivos e formar uma ordem mundial democrática e multipolar. Consideramos o país como um forte candidato a ser um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, informou em nota a pasta.
O comunicado ainda afirma que espera o “fortalecimento da cooperação” com a nação sul-americana tanto nas relações bilaterais como em órgãos internacionais, como a ONU, o Brics e o G20.
“Observamos sua contribuição para o desenvolvimento das relações de amizade entre nossos países. Esperamos que continuem o caminho para o fortalecimento da cooperação bilateral multifacetada e da cooperação russo-brasileira na ONU, Brics, G20 e outras plataformas multilaterais. Estamos prontos para isso”, acrescentou a chancelaria russa.
Wikicommons
Comunicado ainda afirma que espera "fortalecimento da cooperação" com nação sul-americana
Mensagens após vitória de Lula
A mensagem do Ministério das Relações Exteriores veio após o presidente Vladimir Putin também se manifestar pela vitória de Lula.
No texto, o chefe do Kremlin afirmou que a conquista mostra “a grande autoridade política” do petista e que espera que “possam garantir o desenvolvimento da cooperação russo-brasileira em todos os setores”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou por meio das redes sociais, e declarou que confia “numa colaboração ativa com um amigo da Ucrânia de longa data e no reforço da parceria estratégica” entre os dois países para “assegurar democracia, paz, segurança e prosperidade”.
Em maio passado, Lula chegou a dizer à revista norte-americana Time que Zelensky era “tão responsável quanto Putin” pela invasão da Rússia à Ucrânia, uma vez que poderia ter “negociado um pouco mais” para evitar o conflito.
(*) Com Ansa