Em novo recorde, com 61.493 pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão desta terça-feira (22) em alta de 0,93%, com giro financeiro de 5.847 bilhões de reais. A marca de 61 mil pontos não era ultrapassada desde julho do ano passado. Ontem, chegou aos 60.928 pontos – o melhor desempenho até então.
O resultado é atribuído em parte ao fato de a agência de classificação de risco Moody´s ter elevado a nota soberana do Brasil de “Ba1” para “Baa3”, primeiro estágio do grau de investimento seguro. Na prática, esta é uma recomendação para que os investidores apliquem mais recursos no país.
O relatório da agência de risco Moody´s diz também que a economia da América Latina deve chegar ao final de 2009 ainda em leve recessão, em razão dos efeitos da crise econômica mundial, mas iniciará um ciclo de recuperação já em 2010, liderado por Brasil, Peru, Chile e Colômbia. Segundo afirma no documento o diretor da Moody's para a América Latina, Alfredo Coutiño, estes países estão na vanguarda da retomada porque contam com comércios mais diversificados e sistemas bancários mais regulados.
A Moody´s era a última agência internacional que ainda não havia concedido o reconhecimento ao país – antes dela, Standard & Poor's e Fitch já tinham considerado o Brasil como local seguro para investimentos. A avaliação dos órgãos leva em consideração as condições fiscais (das contas públicas), políticas e as contas externas do país, além de outros fatores.
Mais valorizadas
No pregão de hoje, as ações ordinárias da Rossi Residencial avançaram 8,28% e puxaram as altas, enquanto que as preferenciais da Ultrapar caíram 1,96%, a maior perda do dia.
Os papéis mais negociados foram os preferenciais da Vale, que representaram 13,82% do total da bolsa e fecharam em alta de 2,54%.
No mercado cambial, o dólar interrompeu o movimento de alta das últimas três sessões e registrou baixa de 0,99%, a R$ 1,799 na venda, o menor valor desde setembro do ano passado.
Estados Unidos
O otimismo no mercado financeiro norte-americano devido à expectativa de fortalecimento da economia, além da espera da reunião do Federal Reserve (FED, o banco central do país), que amanhã deve anunciar como fica a política monetária dos Estados Unidos, ajudaram as bolsas a fechar em alta.
Em Nova York, o índice Dow Jones Industrial subiu 0,52%, em um pregão favorável às financeiras e também às empresas de energia e de matérias-primas.
O índice seletivo S&P 500 cresceu 0,66%, para 1.071 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,39%, a 2,146 pontos.
América Latina
As principais bolsas da América Latina também seguiram a tendência mundial e fecharam em valorização.
Na Argentina, o índice Merval da Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou em alta de 3,59%, para 2.057 pontos, enquanto o Merval 25 avançou 3,44 %, com 2.048 pontos. O giro financeiro em ações foi de 77,9 milhões de pesos argentinos (20,3 milhões de dólares), com 67 altas, 17 baixas e seis títulos estáveis.
As ações de Aluar (5,17%), Banco Macro (2,11%) e Petrobras Energia (2,51%) lideraram as altas do dia.
Já o Índice da Bolsa de Caracas subiu 0,03% e fechou a 54.110 pontos, com 16 operações no valor de 355.042 bolívares (165 mil dólares).
A exceção foi a Bolsa Mexicana de Valores, onde o Índice de Preços e Cotações (IPC) caiu 0,32% e fechou a 29.513 pontos. Durante o pregão, foram negociados 280 milhões de títulos, com o pagamento de 7,017 bilhões de pesos (527 milhões de dólares).
Europa
No mercado europeu, a Bolsa de Frankfurt terminou o dia em alta de 0,72%. O mesmo aconteceu em Madri, onde o índice Ibex-35 teve ganho de 0,76%. Em Paris, o lucro foi de 0,30%, com 3.823 pontos. Em Milão, a valorização foi de 0,08% e em Londres, alta de 0,16%.
Ásia
No mercado asiático, os papéis de empresas do setor de tecnologia puxaram as altas das principais bolsas nesta terça-feira.
Seul teve crescimento 1,38%, para 1.718 pontos, motivada por ganhos no segmento de tecnologia, após o Merrill Lynch ter elevado a recomendação da fabricante de chips Hynix Semiconductor. As ações da Hynix subiram 2,8%, enquanto as da Samsung Electronics valorizaram 3,4%, apesar da companhia ter afirmado estar cautelosa sobre a perspectiva para o setor.
A bolsa de Cingapura avançou 1,42%, enquanto Hong Kong ganhou 1,06%.
A exceção foi a China. Xangai teve queda de 2,34%, devido a persistentes temores de que futuras ofertas iniciais públicas possam criar excesso de oferta de ações.
No Japão, o volume de negócios foi limitado pelo fechamento dos mercados financeiros até quinta-feira (24), em razão de feriado. Malásia e Indonésia também não operaram.
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