O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (07/09) que o Brasil seguiu sua Constituição ao fazer uma “transição de poder”, em referência ao impeachment da agora ex-mandatária Dilma Rousseff, e disse que seu país continuará trabalhando de forma estreita com o governo de Michel Temer.
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Em discurso na abertura da conferência anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina, em Washington (EUA), Biden classificou o impeachment de Dilma como uma das “maiores mudanças políticas” na região nos últimos tempos. Entretanto, disse que, ao contrário de épocas passadas, o processo que levou à destituição da ex-presidente ocorreu “obedecendo a Constituição para navegar em um momento político e econômico difícil, e de acordo com os procedimentos estabelecidos”.
Agência Efe
Joe Biden durante discurso na conferência anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina, em Washington
Esta foi a primeira manifestação oficial do governo dos Estados Unidos sobre o impeachment desde a votação no Senado, em 31 de agosto, que afastou Dilma de forma definitiva da Presidência.
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De acordo com Biden, “os EUA continuarão trabalhando estreitamente com o presidente [Michel] Temer, porque o Brasil é e continuará sendo um dos mais próximos parceiros dos EUA na região”, acrescentando que “na democracia as alianças não se baseiam em alguns líderes, mas numa relação duradoura com os povos”.
Sem citar de forma explícita o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump – que defende a criação de um muro na fronteira dos EUA com o México -, Biden afirmou que “não podemos construir muros para nos proteger de problemas que não conhecem fronteiras”.
Também nesta quarta, por meio de mensagem, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, parabenizou o Brasil pelo Dia da Independência e afirmou que os dois países “são mais fortes quando podem trabalhar juntos” para enfrentar desafios.