O brasileiro cujo corpo já foi identificado entre as vítimas da chacina de Tamaulipas, no México, era o mineiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, segundo informação do Ministério das Relações Exteriores.
Em nota divulgada na noite de sábado (28/8), o Itamaraty divulgou que o rapaz foi identificado por meio de seu passaporte, encontrado junto ao corpo. Na mesma nota, o MRE informou que o documento de outro brasileiro, Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, também natural de Minas Gerais, foi encontrado pelas autoridades mexicanas, mas seu corpo ainda não foi identificado.
“Os legistas continuam trabalhando para estabelecer a identidade de todas as vítimas”, diz a nota do Itamaraty.
Leia mais:
Após chacina, México sofre atentados com carros-bomba contra TV em Tamaulipas
Investigador de massacre no México está 'desaparecido' e não morto, diz Calderón
ONU condena chacina no México e pede que autoridades apurem o crime com independência
Governo mexicano confirma brasileiros entre mortos em Tamaulipas
México: 72 cadáveres encontrados em Tamaulipas eram de imigrantes latinos
Mais cedo, o ministério informara que estava aguardando fazer contato com as famílias das vítimas antes de divulgar seus nomes, o que só seria feito com as devidas autorizações dos parentes. Na nota informa que, de fato, o Itamaraty conseguiu contato com as famílias ainda no sábado.
De acordo com a assessoria de imprensa da chancelaria brasileira, a identificação do corpo do brasileiro foi passada pelas autoridades para o Consulado-Geral do Brasil no México, no fim da manhã deste sábado (28).
“O processo de identificação é lento e tem que ser feito com cuidado. Estamos aguardando”, disse o cônsul-geral do Brasil na Cidade do México, Márcio Lage, no sábado.
Massacre
Na terça-feira da semana passada (24/8), descoberta de uma vala comum em que a marinha encontrou corpos de 72 pessoas assassinadas, depois identificadas como imigrantes latino-americanos. As poucas informações sobre o caso são dadas por um equatoriano sobrevivente do massacre. A polícia trabalha com a hipótese de crime cometido pela quadrilha de traficantes conhecida como Los Zetas.
Até sábado, já tinham sido realizadas autópsias em 41 corpos das 72 vítimas, dos quais apenas 31 puderam ser identificados. De acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça do México, além de um brasileiro, foram identificados 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos e quatro guatemaltecos.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL