Brasileiros residentes em diversos países participaram das eleições para escolher o primeiro Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior. Foram 18,5 mil votos que elegeram 16 conselheiros e 16 suplentes divididos em quatro regiões: Américas do Sul e Central; América do Norte e Caribe; Europa; e Ásia, África, Oriente Médio e Oceania.
Nesta última região, a representante do Líbano, Siham Hussein Harati, foi a conselheira mais votada entre os candidatos. “A surpresa foi que no Líbano, onde o tamanho da comunidade brasileira é menor, ela conseguiu uma votação muito expressiva, sendo inclusive mais expressiva do que a do segundo colocado, no Japão, que nós esperávamos que praticamente ocupasse todas as vagas, pelo número de brasileiros que temos”, relatou o embaixador Eduardo Gradilone, subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.
A votação ocorreu por meio da internet, entre os dias 01 e 09 de novembro. Para votar, os brasileiros deveriam acessar um formulário on-line, no qual precisavam identificar-se pelos números de seus documentos oficiais, e escolher os representantes de sua região. No total, 298 expatriados candidataram-se ao posto de conselheiro.
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Uma das principais funções do novo conselho será ajudar na organização da Conferência Brasileiros no Mundo, que já aconteceu nos dois últimos anos na cidade do Rio de Janeiro. “Assim que os conselheiros estiveram nomeados, vamos iniciar o diálogo com eles e fazer reuniões prévias desta conferência, dando as nossas idéias e, um dos pontos mais importantes nesse sentido, é como nós vamos discutir a ata de reivindicações”, disse Gradilone.
Segundo o embaixador, existe uma ata de centenas de reivindicações de brasileiros feitas ao longo dos últimos 15 anos. “Agora, nós instituímos um sistema de prestação de contas. Cada uma dessas reivindicações será dirigida ao ministério responsável, a maior parte é para o Itamaraty, mas muitas são para os ministérios da Educação, da Saúde, do Trabalho. É muito importante o trabalho do conselho em nos ajudar a verificar esta ata, ver o que está sendo e o que não está sendo cumprido, ver como pode melhorar.”
Gradilone conta que o conselho terá um mandato de dois anos e que cada grupo de conselheiros terá que montar sua própria estrutura de trabalho, organizando as reuniões entre seus membros e suas atividades na região. A atividade de conselheiro é voluntária e não recebe qualquer tipo de remuneração do governo brasileiro. Membros do ministério das Relações Exteriores deverão reunir-se com os conselheiros ao menos uma vez por ano.
De acordo com o embaixador, o conselho também deverá promover a imagem positiva do Brasil no exterior. “Temos como princípios dessa política valorizar os brasileiros no exterior, utilizar os brasileiros no exterior para preservação e divulgação da nossa cultura, para projetar o Brasil no exterior, inclusive os produtos brasileiros.” Os suplentes eleitos no Líbano foram Khaled Hamad Haymour e Roberto Khatlab.
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