O presidente do México, Felipe Calderón, recomendou aos cidadãos do país que não viajem para o Arizona, ao fazer um alerta contra a lei de imigração recentemente aprovada no estado norte-americano.
“Grifamos a necessidade de se atuar com precaução e de omitir, na medida do possível, a realização de viagens desnecessárias até este estado”, disse o presidente. Calderón informou que emitiu uma nota de aviso para que “nossos conterrâneos conheçam os alcances da legislação e para evitar que um mexicano possa sofrer uma discriminação ou vexame”.
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O presidente mexicano ratificou que seu governo condena a Lei SB 1070, a qual, segundo ele, viola os direitos humanos e leva à discriminação racial, além de ameaçar os direitos da própria população norte-americana. “Vemos com satisfação a preocupação que o presidente [Barack] Obama demonstrou em relação a esta equivocada lei”, indicou.
Promulgada na semana passada pela governadora republicana Jan Brewer, a legislação criminaliza a entrada e a permanência de imigrantes sem documentos no estado do Arizona. Também concede à polícia o poder de deter pessoas que despertem dúvida quanto a sua origem.
Durante o último final de semana, foram realizadas várias manifestações nos Estados Unidos contra a lei.
O Senado mexicano enviou uma carta a Obama afirmando ver no governo do mandatário “um aliado para enfrentar conjuntamente medidas injustas que atentam aos direitos humanos dos migrantes”.
Na última sexta-feira, os parlamentares anunciaram um plano de ação para protestar durante os próximos 90 dias, que correspondem à vacatio legis (período que decorre entre a publicação da lei e a data em que ela entra em vigor).
Os senadores solicitaram ainda às instâncias federais o cancelamento de eventuais compras do Arizona, assim como de viagens turísticas e de trabalho. Estima-se que cerca de 460 mil imigrantes ilegais vivam no estado norte-americano, a maioria de origem mexicana.
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