Entidades civis do México e dos Estados Unidos lançaram neste domingo (29/05) uma campanha para exigir do presidente Barack Obama três medidas para frear o tráfico ilegal de armas em direção ao país latino-americano, com as quais o crime organizado está se equipando.
“Parem o contrabando de armas, três exigências a Barack Obama”, é o lema da campanha que pretende reunir assinaturas durante quatro meses para entregá-las ao governante americano, assinalou em comunicado a organização Aliança Cívica, uma das que lideram o movimento.
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As três exigências a Obama são: proibir a importação de armas aos EUA, “porque a maioria é enviada por contrabando ao México”; obrigar que se reportem ao escritório de controle de bebidas alcoólicas, tabaco, armas de fogo e explosivos (ATF, na sigla em inglês) a venda de várias armas a uma só pessoa, e “aumentar a capacidade reguladora da ATF nas regiões onde se abastece o contrabando de armas do México, especialmente nos estados de fronteira”.
As entidades civis asseguram que baseiam suas exigências em estatísticas oficiais americanas e mexicanas que assinalam que “o contrabando de armas dos EUA fortalece o crime organizado no México, visto que 84% das apreensões vêm do país vizinho”.
Além disso, de acordo aos dados apresentados, entre 2006 e 2010 34.162 mexicanos foram assassinados em fatos atribuídos ao crime organizado, 5.397 foram reportados como desaparecidos e 325 cidadãos americanos foram mortos no México.
A campanha, que receberá assinaturas no México, Estados Unidos e outros países, surgiu a partir do Movimento pela Paz, criado em 8 de maio por iniciativa do poeta mexicano Javier Sicília, cujo filho foi assassinado no final de março.
As assinaturas serão recolhidas em eventos públicos, assim como através do site www.alianzacivica.org.mx/altoalasarmas.
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