Em 2015, durante a gestão de Barack Obama, os Estados Unidos retiraram Cuba da sua lista de países patrocinadores do terrorismo, que sujeita os membros a sanções e prejudica relações comerciais. Era uma época em que o governo estadunidense ensaiava uma aproximação com o regime de Havana.
Mas os republicanos voltaram a incluir Cuba na lista em 2021, durante o governo de Donald Trump. Reverter novamente essa decisão é o objetivo de uma campanha que envolve artistas, intelectuais, lideranças políticas, movimentos populares, sindicatos e partidos de todo o mundo.
Lançada na última sexta-feira (11/08), a campanha busca conseguir um milhão de assinaturas para uma carta que será entregue ao presidente dos EUA, Joe Biden, em 10 de dezembro, durante uma mobilização ao redor do Dia Internacional dos Direitos Humanos. A missiva argumenta que a inclusão nessa lista “torna ainda mais difícil para Cuba realizar transações usando sistemas bancários internacionais e, em última análise, adquirir bens necessários no mercado internacional, como combustível, alimentos, materiais de construção, produtos de higiene e medicamentos”.
Para saber mais e assinar a carta, acesse o site da campanha CubaVive.info, que reúne todas as informações sobre o processo.
Wikicommons
Coreia do Norte, Irã e Síria são os três outros países tachados atualmente de patrocinadores do terrorismo pelos Estados Unidos
Já assinaram a carta Chico Buarque, Judith Butler, pesquisadora feminista, João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Citlalli Hernández, senadora e secretária-geral do partido mexicano Morena, Peter Mertens, presidente do Partido dos Trabalhadores da Bélgica, Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, e Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, entre outras personalidades.
“Biden deveria retirar Cuba da lista, porque entendeu com o presidente Obama que as sanções unilaterais em nível internacional são ilegais, imorais e desumanas, e é por isso que eles iniciaram um processo histórico de normalização das relações entre os dois países que poderia ter sido o início do fim do bloqueio”, argumentou Samper.
Coreia do Norte, Irã e Síria são os três outros países tachados atualmente de patrocinadores do terrorismo pelos Estados Unidos.