O retorno do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) foi aplaudido pelos líderes na abertura da cúpula nesta terça-feira (24/01) em Buenos Aires, capital da Argentina.
Durante a abertura do foro, os aplausos foram pedidos pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmando que, sem o Brasil, a Celac fica “vazia”.
A participação do Brasil na organização havia sido rompida no governo de Jair Bolsonaro, mas retornou após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. “Sem dúvida, uma Celac sem o Brasil é muito mais vazia, com a qual sua presença hoje nos completa”, afirmou o presidente argentino.
No discurso de abertura, Fernández alertou sobre o avanço da ultradireita em diferentes partes do mundo e especialmente na região latino-americana, pedindo o fortalecimento da “institucionalidade e da democracia diante de uma direita fascista”.
O presidente apontou a necessidade de não permitir que a extrema direita “ponha em risco a institucionalidade de nossos povos”.
Casa Rosada
Na abertura da cúpula, Fernández afirmou sobre a necessidade da integração da região
Entre os principais pontos que farão parte da agenda estão a consolidação da região como espaço de unidade na diversidade e sua integração com patamares superiores de inclusão e desenvolvimento.
Para isso, Fernández destacou a importância da Celac levantar sua voz contra os bloqueios a Cuba e Venezuela. “Os bloqueios são um método muito perverso de sancionar, não os governos, mas os povos. Não podemos continuar permitindo. Cuba está bloqueada há seis décadas e a Venezuela sofre o mesmo”, alertou o chefe de Estado.
Ele exortou os representantes das nações presentes a aprofundar as relações comerciais e políticas para tornar a integração uma realidade. Fernández afirmou que “sozinhos pouco valemos” e acrescentou que “chegou a hora de formar uma única região que defenda os mesmos interesses para o progresso de nossos povos”.
“Ontem, com o querido presidente Lula, conseguimos avançar nas relações bilaterais entre Argentina e Brasil, e é assim que devemos avançar com todo o continente, é um esforço que vale a pena”, disse.
(*) Com Ansa e Telesur.