O diretor executivo do Aeroporto Internacional de Bruxelas, na Bélgica, declarou que os voos de curta distância devem ser descartados em um curto período de tempo. Em entrevista ao jornal De Standaard, no último sábado (04/05), Arnaud Feist disse que os voos “tem um efeito desproporcional ao meio ambiente”.
Entretanto, o diretor afirmou que é necessário que tenha outros meios que possam suprir esses voos. “Precisaria de uma alternativa como trens de alta velocidade que também são acessíveis. Isso requer investimento”, acrescentou Feist.
“Acredito que os incentivos são para estimular o comportamento positivo e isso é algo que nós, como um aeroporto, vamos fazer mais”, acrescentou Feist.
O chefe do maior aeroporto do país europeu relembrou a situação de Londres há dez anos atrás, no qual a cidade era o destino principal do aeroporto de Bruxelas, e hoje não é mais “graças ao Eurostar”, serviço de trens de alta velocidade, que atravessa o canal da Mancha.
“E quem ainda iria querer voar para Paris? Com o Thalys você está no centro em 1 hora e 20 minutos”, disse ele em referência à rede de estradas de alta-velocidade que liga Paris, Bruxelas, Colônia e Amsterdã.
Meio ambiente
Na sexta-feira (03/05) o aeroporto de Bruxelas anunciou taxas para linhas aéreas que usar aviões poluentes. A medida será válida a partir de 2021.
A candidata às eleições europeias Petra De Sutter declarou à jornalistas que a emissão de gás carbono pelos aviões é de 258g por passageiro a cada quilômetro percorrido, enquanto os trens de alta velocidade emitem 14g.
O partido da Sutter pediu investimentos para que possa expandir a rede ferroviária de trens de alta velocidade nos países da União Europeia.
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Arnaud Feist afirmou que trens de alta velocidade podem ser alternativa aos voos de curta distância.