O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse nesta terça-feira (24/09) respondeu aos ataques que Jair Bolsonaro realizou na abertura 74ª Assembleia Geral da ONU contra o governo cubano e disse que o presidente brasileiro “delira” e “sente falta da ditadura militar”.

Rodríguez classificou o mandatário brasileiro como o líder que “aumentou a desigualdade do Brasil” e pediu que Bolsonaro “ocupe-se com a corrupção do seu sistema de justiça, governo e de sua família”. 

“Rechaço energicamente as calúnias de Bolsonaro sobre Cuba e sobre a cooperação médica internacional. Ele delira e sente falta dos tempos de ditadura militar. Deveria ocupar-se com a corrupção de seu sistema de justiça, governo e de sua família. É o líder que aumentou a desigualdade no Brasil”, afirmou pelo Twitter o chanceler.

No início de seu discurso na 74ª Assembléia Geral da ONU, Bolsonaro disse que seu país “deixou de contribuir para a ditadura cubana”, afirmando que os governos anteriores enviavam “300 milhões de dólares anualmente” através de programas de cooperação como o Mais Médicos.

ONU

Em Nova York, Bolsonaro atacou o comunismo e o Foro de São Paulo, “criado por Fidel, Lula e Chávez”, ao afirmar que o grupo tem que ser “combatido”.

“A história nos mostra que já nos anos 60 agentes cubanos foram enviados a diversos países para implantar o regime comunista. […] O Foro de São Paulo, organização criminosa criada por Fidel Castro, Lula e Chavez nos anos 60 para implementar o socialismo na América Latina, continua vivo e tem que ser combatido“, disse.

O presidente também usou seu tempo para criticar as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que, segundo ele, fere a “soberania brasileira” ao propor intervenções na Amazônia.

“Problemas, qualquer país os tem. Os ataques sensacionalistas que sofremos da mídia internacional por causa dos focos de incêndio despertaram o nosso patriotismo”, disse.

(*) Com teleSUR e Fórum.