Na reta final de seu giro por países da América do Sul, o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a visita a Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Peru tem como objetivo evitar “que o governo que sai da Colômbia realize ações desesperadas que pretendam algum tipo de evento militar” contra Caracas.
“Os países limítrofes vizinhos (da Colômbia) fomos vítimas, durante anos, não só dos efeitos de uma guerra que passa das fronteiras, mas dos efeitos do narcotráfico, do delito permanente, de sequestros, e nosso governo fez um grande esforço de controle destes delitos”, disse Maduro.
Na parada nesta terça-feira (27/7), em Santiago, o ministro das Relações Exteriores se encontrou por pouco menos de uma hora seu colega local, Alfredo Moreno. Da capital chilena, ele voou imediatamente para o Peru. Os encontros com líderes sul-americanos precedem a reunião de amanhã (29/7) na Unasul (União das Nações Sul-Americanas, que tratará da crise entre Colômbia e Venezuela.
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Caracas rompeu relações com Bogotá depois de ser acusada perante a OEA (Organização dos Estados Americanos) na semana passada de “tolerar” a presença de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em seu território.
Frente às acusações, Maduro qualificou a ruptura de relações ditada pelo presidente Hugo Chávez como uma “medida de protesto no campo diplomático e político para responder uma série de ameaças e de ataques”.
“Nosso governo é um governo respeitoso, que combate permanentemente os grupos irregulares, que combate permanentemente o delito em 2.219 quilômetros de fronteira com o maior produtor de cocaína em todo o continente, do país que gerou a única guerra que existe no continente”, afirmou.
Moreno assinalou que o encontro com Maduro foi “uma conversa útil, franca e cordial”. Ele acrescentou que o Chile “quer ser parte da solução” do conflito entre Colômbia e Venezuela e que ajudará “no possível para aproximar posições e manter a paz entre ambas nações”.
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