Os chefes de governo da Escócia, Nicola Sturgeon, membra do Partido Nacional Escocês, e do País de Gales, Mark Drakeford, membro do Partido Trabalhista Galês, exigiram eleições diretas no Reino Unido após a renúncia da premiê Liz Truss nesta quinta-feira (20/10).
Sturgeon, primeira-ministra da Escócia desde 2014, já havia pedido por eleições gerais na última quarta-feira (19/10), por meio de uma postagem no Twitter, em resposta à uma fala de Craig Whittaker, membro do Partido Conservador britânico, onde disse: “Uma bagunça total. Isto não pode continuar. Eleições gerais agora”
An utter shambles. This can’t go on. General Election now https://t.co/RHtnSxigs8
— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) October 19, 2022
Nesta quinta-feira (20/10), a chefe de estado escocesa voltou a exigir um novo processo de votação, ainda por meio das redes sociais: “Não há palavras para descrever esta confusão de forma adequada. Está além da hipérbole – e da paródia. A realidade é que as pessoas comuns estão pagando o preço. Os interesses do partido Tory [Conservador] não devem preocupar ninguém neste momento. Uma Eleição Geral é agora um imperativo democrático”, disse.
There are no words to describe this utter shambles adequately. It’s beyond hyperbole – & parody.
Reality tho is that ordinary people are paying the price.
The interests of the Tory party should concern no-one right now.
A General Election is now a democratic imperative.— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) October 20, 2022
“Se ela não se importar, vou esperar por quem quer que seja que se torne o 5º PM (até agora) durante meu tempo como FM ?”, afirmou ainda, ao responder uma postagem apontando que Liz Truss deixará o posto sem ter feito contato com Sturgeon, seja por telefonema ou reunião formal.
If she doesn’t mind, I’ll now just wait for whoever will become the 5th PM (so far) during my time as FM ? https://t.co/eh7m6pg2X3
— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) October 20, 2022
Em comunicado divulgado pelo veículo britânico The Guardian, Drakeford, que governa o País de Gales desde 2018, afirma que este “tem sido um completo e total fracasso do governo, com todos neste país agora tendo que pagar o preço”.
Twitter/Mark Drakeford
Líderes da Escócia e País de Gales, Nicola Sturgeon e Mark Drakeford, se manifestaram a´pós ren´úncia de Liz Truss nesta quinta-feira
“A completa falta de liderança está impedindo que decisões e ações sejam tomadas para lidar com os muitos desafios que estamos enfrentando e ajudar as pessoas sobre o que vai ser um inverno muito difícil”, continuou o galês.
Ao final, Drakeford reinvindica por eleições gerais, dizendo: “Uma eleição geral é, agora, a única maneira de acabar com esta paralisia”, se referindo a inação de governos do Partido Conservador britânico.
“Isto tem sido um completo e total fracasso do governo, com todos neste país agora tendo que pagar o preço. A profunda divisão dentro do governo britânico significa que qualquer sucessor enfrentará os mesmos desafios. Uma #GeneralElection é agora o único caminho para o país”, tweetou ainda.
This has been a complete and utter failure of government with everyone in this country now having to pay the price.
The deep division within the UK Government means that any successor will face the same challenges.
A #GeneralElection is now the only way forward for the country.
— Mark Drakeford (@PrifWeinidog) October 20, 2022
Liz Truss permanecerá no cargo de primeira-ministra do Reino Unido até que um sucessor assuma formalmente o cargo. Um novo líder do Partido Conservador deverá ser nomeado dentro de uma semana, após votação.
Truss entrará para a história como premiê a servir por menos tempo durante a história do Reino Unido, e também estabelece outro recorde indesejável, ao ser a primeira na história recente a não estabelecer contato com os primeiros-ministros da Escócia e do País de Gales.