Os chilenos vão às urnas neste domingo (07/05), com o objetivo de eleger 50 pessoas para compor um conselho responsável pela elaboração da nova Constituição – proposta dos eleitos será submetida a um novo plebiscito em dezembro.

Em setembro de 2022, um texto redigido pela então Assembleia Constituinte, composta, em sua maioria, por legisladores independentes e de esquerda, foi rejeitado em plebiscito por 62% dos eleitores chilenos.

A elaboração de um Conselho Constituinte foi aprovada pelo Congresso do Chile em dezembro de 2022, e os conselheiros receberão o apoio de 24 especialistas designados pela Câmara e Senado para produzir a nova Carta Magna. 

“Se espera que nenhuma força que esteja concorrendo a um órgão que redigirá uma nova Constituição tenha a intenção de boicotá-lo, mas sim de se colocar à disposição do diálogo democrático para chegar a um texto que nos represente a todos e não apenas a um setor, especialmente depois da experiência que tivemos no processo anterior”, disse a porta-voz do governo de Gabriel Boric, Camila Vallejo, militante comunista, em entrevista ao El País. 

A discussão de uma criação de nova Constituição do país foi iniciada a pedido do presidente do Chile. A redação do texto pode durar até três meses, e depois irá para voto em plebiscito obrigatório.

Proposta elaborada pela nova Assembleia Constituinte deve substituir a Constituição de 1981, promulgada durante a ditadura militar de Augusto Pinochet. 

Boric publicou uma foto votando em seu perfil do Twitter. Dentro da postagem, afirmou que  é uma “oportunidade histórica de caminhar para uma nova Constituição para construir um país desenvolvido, justo e inclusivo”.

Listo el voto! Hoy tenemos la oportunidad histórica de avanzar hacia una nueva Constitución para construir un país desarrollado, justo e inclusivo. Avancemos juntas y juntos en un mejor futuro para Chile. pic.twitter.com/t4fAdNWP7Z

— Gabriel Boric Font (@GabrielBoric) May 7, 2023