Cerca de oito milhões de chilenos foram convocados hoje (13) às urnas para escolher o presidente do país que sucederá a socialista Michelle Bachelet durante os próximos quatro anos.
Além disso, metade do Senado, de 38 membros, será renovado e a Câmara dos Deputados em sua totalidade, de 120 assentos.
Os quatro candidatos que concorrem no pleito são o ex-presidente democrata-cristão Eduardo Frei, o opositor direitista Sebastián Piñera, o independente Marco Enríquez-Ominami e o candidato da esquerda extraparlamentária, Jorge Arrate.
As últimas pesquisas mostram Sebastián Piñera, acionista majoritário da companhia aérea LAN, como principal favorito, embora seja pouco provável que obtenha a maioria absoluta, por isso que teria que concorrer em um segundo turno no dia 17 de janeiro.
Nesse caso, seu mais provável rival, segundo as pesquisas, é o candidato governista Eduardo Frei, embora dados apontem que o ex-deputado socialista, Marco Enríquez-Ominami, atinja um grande número de votos.
Para o pleito parlamentar, pesquisas e analistas concordam que continuará o equilíbrio mantido desde 1990 entre Governo e direita. A grande novidade seria o retorno do Partido Comunista ao Poder Legislativo, do qual está ausente desde 1973.
O diretor do Serviço Eleitoral do Chile, Juan Ignacio García, convocou hoje os cidadãos do país a exercerem seu voto com “tranquilidade” e assegurou que estão preparados para recebê-los.
Os centros de votação abriram suas portas às 7h locais (8h de Brasília) e, por lei, devem permanecer abertos por nove horas.
Na região metropolitana de Santiago, mais de 16 mil militares e policiais ficarão responsáveis pela segurança dos 388 locais de votação espalhados pelos 16 distritos da área.
O candidato da Coalizão pela Mudança, Sebastián Piñera, disputou hoje um jogo de futebol com integrantes de sua candidatura na região leste de Santiago.
O ex-presidente Eduardo Frei viajou ontem (12) para Osorno, a 942 quilômetros ao sul da capital chilena, onde vota.
Enríquez-Ominami, por sua vez, cobriu simbolicamente um cartaz de propaganda eleitoral em seu comitê de candidatura com um lenço com as palavras “Volto na segunda-feira”, em alusão a uma eventual passagem para o segundo turno.
Jorge Arrate declarou, por sua vez, que não desistiu de passar para o segundo turno apesar do que dizem as pesquisas e demonstrou sua satisfação diante da oportunidade de que os comunistas possam “ter parlamentares pela primeira vez em 20 anos”.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, convocou a população a votar com tranquilidade nas eleições presidenciais deste domingo e disse estar certa de que os resultados obrigarão a realização de um segundo turno.
“Todos sabemos que vai haver um segundo turno”, declarou Bachelet depois de votar no bairro de Las Condes, em Santiago.
A presidente tem mais de 73% de aprovação popular, mas não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo. Ela foi recebida com aplausos e gritos de apoio pelos cidadãos que estavam nas imediações de seu colégio eleitoral.
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