O presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China, Li Zhanshu, afirmou nesta quinta-feira (26/09) que Pequim tem “provas contundentes” da participação dos EUA e de outros países nos protestos em Hong Kong.
“Temos provas de que o que está acontecendo em Hong Kong foi cuidadosamente planejado e subsequentemente iniciado pelos Estados Unidos e pelo Ocidente”, afirmou Zhanshu.
As declarações foram dadas durante visita oficial a Moscou, em uma reunião com o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento da Rússia), Vyacheslav Volodin.
Durante os protestos em Hong Kong, diversos manifestantes foram vistos com cartazes “pedindo” ao presidente norte-americano, Donald Trump, para “salvar” a região. Nas manifestações também foram levantadas bandeiras dos EUA.
Nesta terça-feira (24/09), o presidente dos EUA afirmou na ONU que espera que Pequim cumpra suas obrigações com Hong Kong de acordo com a Declaração Conjunta Sino-Britânica de 1984, na qual Pequim prometeu salvaguardar a independência do sistema legislativo de Hong Kong e suas instituições democráticas.
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"Temos provas de que o que está acontecendo em Hong Kong foi cuidadosamente planejado pelos Estados Unidos", afirmou Zhanshu
As autoridades da China, por sua vez, pediram para Estados Unidos deixarem de intervir no processo político de Hong Kong.
“Pedimos fortemente aos Estados Unidos que respeitem as normas do direito internacional e os princípios fundamentais do comércio internacional, respeitem a soberania da China, parem de interferir nos assuntos internos de Hong Kong e de fazer declarações irresponsáveis, e façam mais pelo florescimento e desenvolvimento de Hong Kong”, declarou o porta-voz da chancelaria chinesa, Geng Shuang.
Hong Kong registra protestos de grandes proporções desde o início de junho. As manifestações começaram como uma reação a um projeto de lei que permitiria que as pessoas fossem extraditadas de Hong Kong para a China continental. Os protestos acabaram se transformando em confrontos violentos entre manifestantes e a polícia.
*Com Sputnik