Na China o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,5% em comparação ao ano anterior, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. A queda representa aceleração na taxa de deflação desde outubro, quando estava em 0,2%.
Este resultado tem preocupado líderes da segunda maior economia do mundo, que prometem apoio fiscal e monetário para aquecer a economia.
Os preços tem baixado devido ao mercado imobiliário e ao descrédito dos consumidores internos, que tem adiado compras pela queda recorrente nos preços.
A deflação tem representado queda contínua no nível de preços que tem gerado diminuição do dinheiro que circula e temores futuros quanto a uma recessão. Em abril os primeiros temores foram debelados pelo porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas, Fu Linghui, que disse que o país não temia o cenário, em texto no Xinhua, agência chinesa de notícias.
Em julho, a economia chinesa apresentou deflação. Foi a primeira vez em mais de dois anos que a desaceleração alcançava o gigante asiático.
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Índice de Preços ao Consumidor da China caiu 0,5%, o que preocupa líderes do país que prometem apoio fiscal para aquecer economia
No último 15 de novembro, outro porta-voz do Departamento, Liu Aihua, garantiu que a China “não enfrentará deflação” e a situação dos preços irá melhorar gradualmente.
No entanto, o cenário voltou a se manifestar com os dados revelados no sábado (09/12). O governo chinês atribui tal momento pela permanente crise imobiliária no país, guerras no mundo e a fraqueza de economias como do EUA e da Europa.
Com os resultados, os mercados mundiais aguardam os novos passos da liderança econômica chinesa que deve aumentar o nível de apoio fiscal.
A solução mais urgente é lidar com os grandes estoques de imóveis e de produtos que a China possui, acelerando exportações de mercadorias e incentivando o consumo interno. Porém isto não teve resultado até agora, sendo que em novembro as exportações cresceram somente meio ponto percentual.
O interesse na recuperação da China não é somente interno. Países e empresários de todo o mundo acompanham com apreensão, pois os efeitos de uma recessão chinesa podem se estender por todo o planeta.
Mesmo com as preocupações, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a projeção de crescimento da China de forma positiva, de 5% para 5,4% em 2023, e de 4,2% para 4,6% em 2024, ainda que indique desaceleração de um ano para o outro.