Após alguns meios de comunicação dos Estados Unidos, especialmente a agência Bloomberg, vazarem a informação de que a Casa Branca pretende incluir 30 empresas de tecnologia chinesas em sua lista de entidades sancionadas economicamente, o Ministério de Relações Exteriores do país asiático reagiu com fortes críticas a esse tipo de política do governo norte-americano.
Segundo a China, a fórmula de aplicar sanções econômicas a países e empresas que o país considera como inimigos dos seus interesses configuram uma forma de “coerção econômica flagrante”, por parte do governo estadounidense.
Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa, reclamou que a medida planejada pelos Estados Unidos afetaria as empresas que oferecem tecnologias de memória Yangtze, um dos principais produtos de tecnologia da China.
“Os EUA ampliam o conceito de segurança nacional, abusam das medidas de controle de exportação, se envolvem em tratamento discriminatório e injusto de empresas de outros países, politizam e militarizam questões econômicas e de ciência e tecnologia”, afirmou Wang.
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China
O porta-voz alertou que tal medida será “prejudicial às regras do mercado e à ordem comercial internacional”.
“Essa política configura uma séria ameaça à estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais. Não é do interesse da China, dos Estados Unidos ou do mundo inteiro que essa estabilidade seja afetada”, acrescentou o funcionário diplomático chinês.
O Ministério também se pronunciou sobre a iniciativa do Congresso norte-americano dos EUA que visa impedir que as empresas chinesas mantenham relações com bancos norte-americanos.
Para Wang, a iniciativa de Washington procura obstaculizar a atividade das empresas chinesas “com medidas arbitrárias”. Contudo, o diplomata alertou que Pequim “defenderá até o fim os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.