No evento do 45º aniversário das relações sino-americanas, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que a tarefa prioritária, neste momento, é estabelecer um entendimento correto entre o país asiático com os Estados Unidos, descartando quaisquer intenções de buscar a “hegemonia”.
“Pode-se dizer que a cooperação entre China e os Estados Unidos não é mais uma opção para os dois países e mesmo para o mundo, mas um imperativo que deve ser abordado seriamente”, disse Wang nesta sexta-feira (05/01).
O discurso proferido em nome da chancelaria chinesa, na primeira semana do ano, destacou que Pequim avalia a urgência de um diálogo com Washington, com o qual tem divergências políticas. O ministro avaliou esse entendimento como a “escolha mais correta” e disse que o uso do “grande bastão das sanções” não deve ser manipulado, referindo-se aos bloqueios econômicos que o governo norte-americano têm tomado contra o país asiático, como na área de semicondutores.
Wang também pediu um posicionamento mais inclusivo e igualitário em relação ao governo norte-americano, no qual respeite as decisões tomadas pela democracia chinesa, além da sua soberania nacional e integridade territorial.
Twitter/VolaTim
Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, destacou a necessidade de uma cooperação entre o país asiático com os EUA
“Estamos dispostos a comprometer-nos com a construção de uma relação estável, saudável e sustentável entre a China e os Estados Unidos com base no respeito mútuo”, declarou o político, reforçando que o país não tem “intenção de buscar hegemonia”.
Antes de finalizar seu discurso, Wang pontuou que as diferenças entre Pequim e Washington, que tiveram antecedentes histórico e político diferentes, não devem provocar um confronto: “devemos insistir na coexistência pacífica, e o mais importante é gerir eficazmente as diferenças”.
De acordo com a agência Reuters, o vice-chefe da missão dos Estados Unidos na embaixada norte-americana em Pequim, David Meale, esteve presente na comemoração e afirmou que a embaixada de Washington, assim como os quatro consulados gerais, estão “ansiosos para trabalhar com homólogos” para continuar gerindo a “relação bilateral”.
(*) Com Sputnik News