Na sequência da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, teve início a sessão do Conselho de Segurança da ONU nesta quinta (22/09), no qual Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, demonstrou uma posição moderada sobre a guerra na Ucrânia e convocou as partes envolvidas diretamente no conflito “ao diálogo”.
Para o chanceler chinês, “a soberania, integridade territorial, as propostas e princípios da Carta das Nações Unidas, deveriam ser respeitadas, bem como as preocupações justas sobre segurança devem ser todas levadas em consideração”.
Wang também considera que “atrasar soluções para a crise não é de interesse nem da Ucrânia, nem da Rússia”.
Para buscar uma solução imediata do conflito, a China apresentou quatro propostas, sendo “principal prioridade para as partes a retomada o diálogo, sem pré-condições”.
Além disso, o representante chinês também instou ao “trabalho junto pela desescalada do conflito”, de forma que Kiev e Moscou “evitam aumentar tensões” e convocando a comunidade internacional a “criar condições para entendimento político mútuo”.
Mencionando possíveis usos de armas nucleares, o ministro reiterou que “acidentes e riscos devem ser prevenidos”.
Flickr
Para buscar uma solução imediata do conflito, China apresentou quatro propostas baseadas no diálogo entre Moscou e Kiev
“É vital prevenir ataque contra civis, construções civis e minimizar casualidades civis. As investigações das violações das leis humanitárias internacionais devem ser objetivas, justas, baseadas em fatos, e não na presunção de culpa, e não devem ser politizadas”, também propôs o chanceler em relação à situação humanitária.
Por fim, Wang afirmou que fornecedores e consumidores devem trabalhar juntos para manter o mercado de energia estável, bem como o mercado de alimentos, mostrando apoio à proposta do Secretário Geral da ONU, António Guterres, de ajudar a facilitar a exportação de grãos russos e ucranianos.
Por fim, advertiu que a crise na Ucrânia reflete o que está ocorrendo no mundo, e clamou pela cooperação entre os povos: “o quão mais desafiadora seja a situação, mais importante continuarmos juntos e buscar cooperação”, completou.
(*) Com Agência Brasil China.