Após quase uma semana, a China encerrou nesta quarta-feira (10/08) os exercícios militares em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Os exercícios começaram em 4 de agosto e estavam programados para terminar no dia 7, mas Pequim decidiu prorrogá-los até esta quarta. Essas foram as maiores atividades militares feitas pela China em torno da ilha.
De acordo com comunicado das Forças Armadas chinesas, as tropas seguem “atentas” a possíveis “mudanças da situação” na região, no qual irão, ainda segundo a nota, defender “resolutamente a soberania e integridade” nacional.
“As tropas estarão atentas a mudanças da situação no Estreito de Taiwan, continuarão a fazer treinamentos e preparativos militares, organizarão regularmente patrulhas de prontidão ao combate e defenderão resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”, diz um comunicado das Forças Armadas chinesas.
Wikimedia Commons
Após quase uma semana, a China encerrou exercícios militares nos arredores da ilha
O presidente Xi Jinping já prometeu diversas vezes que vai reintegrar Taiwan ao país. O governo chinês divulgou nesta quarta um documento em que afirma estar disposto a “criar um amplo espaço para a reunificação pacífica”, mas ressalta que não permitirá “atividades separatistas para a independência” da ilha.
Por sua vez, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, declarou que Pequim “ignora a realidade nos dois lados do estreito”.
Apesar do governo taiwanês reivindicar independência da China continental, desde 1971 as Nações Unidas reconhecem a ilha como parte do território chinês, sob o princípio de “um país, dois sistemas”.
(*) Com Ansa.