A embaixada chinesa em Washington exigiu nesta terça-feira (30/08) que os Estados Unidos parem de vender armamentos de qualquer tipo a Taiwan. Os norte-americanos são os maiores fornecedores de armas para o território.
“Os Estados Unidos precisam parar de vender armas a Taiwan porque qualquer contato militar com a ilha viola o princípio da ‘China Única’. Eles precisam parar de criar fatores que podem levar a tensão no Estreito de Taiwan, e devem dar seguimento às declarações do governo norte-americano de não apoiar a independência de Taiwan”, afirmou o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.
A demanda da China acontece após a mídia norte-americana noticiar que o governo de Joe Biden quer pedir formalmente que o Congresso do país aprove uma venda de armamentos à ilha em contrato de cerca de US$ 1,1 bilhão.
Conforme o portal Politico, o pacote de Biden incluiria 60 mísseis antinavios AGM-84L Harpoon Block II, no valor de US$ 355 milhões, e 100 mísseis ar-ar AIM-9X Block II Sidewinder, por US$ 85 milhões, além de uma extensão de contrato para vigilância por radar, no total de US$ 655,4 milhões.
Kevin Harber/Flickr
Mídia norte-americana noticiou que Joe Biden quer pedir formalmente que o Congresso aprove uma venda de armamentos à ilha de US$ 1,1 bilhão
A decisão de Biden acontece em um momento de alta tensão entre China e Estados Unidos por conta da ilha, que se acentuou com a visita da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e de outros três grupos de congressistas, em agosto.
Ilhas Salomão
O governo das Ilhas Salomão informou que não permitirá mais que embarcações da Marinha dos Estados Unidos atraquem nos portos do país, segundo informou a embaixada norte-americana em Canberra, na Austrália.
“No dia 29 de agosto, os Estados Unidos receberam uma notificação formal do governo das Ilhas Salomão sobre uma moratória a todas as presenças navais, enquanto se aguardam as atualizações nos procedimentos previstos pelos protocolos”, acrescenta a nota.
O arquipélago do Oceano Pacífico manteve acordos com Washington até abril deste ano, quando o atual governo do país firmou um acordo de segurança com a China. Assim como os norte-americanos, os chineses vêm fazendo ou reforçando parcerias na região indo-pacífica nos últimos meses.
(*) Com Ansa.