Os coletivos Defend Democracy in Brazil (DDB), formado por brasileiros, e Extinction Rebellion, integrado por britânicos e norte-americanos, se uniram na cidade de Nova York nesta segunda-feira (07/09), data em que se celebrou o Dia da Independência do Brasil, para protestar contra Donald Trump e Jair Bolsonaro. Os ativistas, que realizaram discursos, marchas e performances, focaram as manifestações na emergência ambiental e pediram a saída dos presidentes brasileiro e norte-americano.
Segundo a artista e ativista brasileira Natalia de Campos, membro do DDB, os atos buscaram recolocar a questão climática na pauta das manifestações de rua, além de marcar o lançamento da campanha internacional “Amazônia ou Bolsonaro? De que lado você está?”.
“Durante a pandemia, a questão climática não ficou muito na pauta. Entendemos que a justiça climática é também a justiça racial, pois as primeiras pessoas afetadas pelas mudanças climática são comunidades de minoria racial”, afirmou.
Uma marcha, que começou no Central Park e foi até o Columbus Circle, um dos pontos mais movimentados de Manhattan, contou com a participação de cerca de 250 pessoas que pediam o “fim das queimadas na floresta amazônica” e o “boicote às corporações”. Ativistas do grupo Extinction Rebellion ainda estenderam uma faixa na escultura instalada em frente à Torre Trump (Trump Tower), em Manhattan, com os dizeres “Justiça Climática agora”.
“O Extinction Rebellion levantou a pauta da justiça ambiental, e nos do DDB levamos a questão da Amazônia e da urgência desse tema no Brasil. Foram mensagens complementares em relação ao conteúdo”, disse Campos.
Defend Democracy in Brazil – NY
Ativistas realizaram discursos, marchas e performances
A ativista ainda explicou que o ato desta segunda-feira funcionou como um pré-lançamento da campanha “Amazônia ou Bolsonaro? De que lado você está?”, ou #defundBolsonaro (desmonte Bolsonaro), lançada oficialmente nesta terça-feira em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Abip).
“A campanha #defundBolsonaro, denunciando empresas que apoiam o governo e sua política de desmatamento da Amazônia, é uma maneira prática de atuar dentro do protestos e teve esse componente de informar o público”, diz Natalia.
A brasileira também discursou durante o ato desta segunda e denunciou o governo brasileiro por “sua negligência com a contenção da pandemia de covid-19 em relação aos povos indígenas e populações tradicionais e inclusive por sua aliança com as corporações que o apoiam e apoiam a destruição das florestas e do pantanal brasileiro, fingem que o ecocídio e a dizimação dos povos da floresta não está acontecendo”. Natalia ainda disse que todo podem colaborar na campanha “tirando o dinheiro das corporações e investidores financeiros da destruição ambiental atual”.
Veja fotos das manifestações: