O Instituto Médico Legal da Colômbia confirmou nesta quinta-feira (28/11) que a morte do estudante de 18 anos Dilan Cruz corresponde a um homicídio cometido por agentes policiais.
O jovem morreu após ser atingido por uma bomba lançada pelo Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) da polícia nacional colombiana durante protestos contra o governo do presidente Iván Duque na última segunda-feira (25/11).
“A morte do jovem é decorrente de uma traumatismo cranioencefálico penetrante ocasionado por munição de impacto disparado por arma de fogo, o que gera severos e irreversíveis danos de nível encefálico”, afirmou a diretora do IML, Claudia García Fino.
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De acordo com o estudo balístico feito pelo instituto, o disparo que o estudante recebeu veio de “um cartucho de carga múltipla, uma munição de impacto, disparado em uma armada de fogo tipo escopeta, calibre 12”.
Segundo García Fino, os laudos realizados pelo IML já foram entregues ao Ministério Público para colaborar nas investigações. Sua morte “foi violenta, um homicídio”, acrescentou a diretora.
Reprodução/FARC
Jovem de 18 anos morreu após ser atingido por uma bomba lançada pelo Esquadrão Móvel Antidistúrbios da polícia nacional colombiana
Segundo o MP colombiano, as investigações acerca da morte de Dilan Cruz já estão em curso e o policial autor do disparo já foi afastado do cargo. A polícia não revelou sua identidade.
Mãe de Dilan escreve a Duque
A mãe de Dilan Cruz, assassinado por um agente do Esmad, enviou nesta quarta-feira (27/11) uma carta ao presidente Iván Duque pedindo “oportunidades a jovens pobre que sonham” e que a “morte de meu filho não seja esquecida”.
Yeny Alejandra Medina, em uma carta escrita a próprio punho, pediu ao mandatário que dê “mais oportunidades para a educação, especialmente aos jovens de baixa renda com potencial, projetos e sonhos. Que desejam ser pessoas dignas e aptas para a sociedade”.
“Portanto, peço justiça pelo que aconteceu e que a morte do meu filho não caia no esquecimento”, disse.