Após a suspensão temporária decretada pela Procuradoria-Geral da República colombiana contra o então ministro das Relações Exteriores, Álvaro Leyva, o presidente Gustavo Petro nomeou, nesta quinta-feira (08/02), o atual embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Luis Gilberto Murillo, como o substituto que assumirá temporariamente a chancelaria do país.
Em rede social, o ministro interino recém nomeado agradeceu o mandatário colombiano por “sua generosa designação” e garantiu que continuará “fortalecendo a presença da Colômbia no âmbito internacional, promovendo os princípios da política exterior do governo” para uma “sociedade mais inclusiva”.
Agradezco al presidente @gustavopetro su generosa designación como Ministro de Relaciones Exteriores encargado.
Continuaremos fortaleciendo la presencia de Colombia en el ámbito internacional, promoviendo los principios de la política exterior del gobierno del Cambio para el… https://t.co/5liV2i72Ii
— Luis Gilberto Murillo (@LuisGMurillo) February 9, 2024
Apesar da promoção na carreira política, o novo chanceler continuará assumindo suas funções em Washington paralelamente às tarefas de seu antecessor em um mandato que, a princípio, prevê a duração de três meses.
Luis Gilberto Murillo, de 57 anos, tem experiência política. Eleito governador de Chocó e declarado ministro do Meio Ambiente entre 2016 e 2018, chegou a integrar a campanha do ex-candidato presidencial Sergio Fajardo, nas eleições de 2022, como candidato a vice. Em 12 de julho do mesmo ano, foi nomeado por Petro como embaixador da Colômbia nos Estados Unidos e, por sua atuação na diplomacia, conquistou respeito tanto no âmbito nacional como no internacional.
Twitter/Revista Semana
Colômbia nomeia Luis Gilberto Murillo como chanceler interino em meio à crise entre Executivo e Judiciário
Afastamento de Álvaro Leyva
A medida ocorre diante da renúncia de Leyva, que cumpre um afastamento de três meses atendendo à determinação feita pelo Ministério Público colombiano. O ex-chanceler é investigado por ter “excedido suas funções” depois de cancelar, em 13 de setembro de 2023, uma licitação para escolher a empresa que emitiria os passaportes colombianos.
Posteriormente, passou a ser alvo de mais um processo judicial por ter descumprido uma ordem de afastamento anunciada pelo MP, em 14 de janeiro, e mesmo assim ter exercido o cargo por 15 dias a mais.
“Entre os fatos que serão objeto de análise estão as determinações que o chefe da pasta teria adotado e as comunicações enviadas em nome da chancelaria, sem saber que foi afastado do cargo e inabilitado para exercer as funções correspondentes”, informou a Procuradoria, em comunicado.
Por outro lado, o presidente colombiano, Gustavo Petro, que já acusou o Ministério Público mais de uma vez por tentar derrubar seu governo por “vias judiciais”, criticou a medida e disse que ela não tem base legal.
“É o presidente que nomeia e é o presidente que suspende”, escreveu Petro em suas redes sociais.
La procuradora creo la figura de autosuspenderse. Es el presidente el que nombra y es el presidente el que suspende. https://t.co/Zj7iNyAZn2
— Gustavo Petro (@petrogustavo) February 7, 2024
(*) Com Telesur