O Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU na Colômbia pediu nesta quarta-feira (27/11) às autoridades colombianas esclarecimentos sobre a responsabilidade do Estado pela morte de Dilan Cruz, estudante de 18 anos que faleceu após ser atingido na cabeça por uma granada de gás lacrimogêneo lançada pela polícia.
“Rechaçamos o uso excessivo da força por parte do Esmad (Esquadrão Móvel Antidistúrbios) que retirou prematuramente sua vida”, afirmou a ONU pelo Twitter.
Cruz foi atingido durante a greve que aconteceu na última quinta-feira (21/11) em Bogotá, capital do país. O jovem foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na segunda-feira (25/11).
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O Alto Comissariado disse que “não deve haver impunidade” e que o sistema judicial deve “esclarecer os fatos criminalmente”, garantindo ao mesmo tempo que se tenha “justiça rápida e realizada” em relação ao caso.
Reprodução
Dilan Cruz foi atingido na cabeça por uma granada lançada por agentes da Esmad durante greve em Bogotá
Mobilizações
Marchas e paralisações ocorrem nesta quarta-feira nas principais cidades do país. Em Bogotá, uma marcha convocada por centrais sindicais e movimentos estudantis partiu do Parque Nacional em direção à praça Bolívar, centro político da capital onde está localizada a sede do governo colombiano.
Além de protestar contra as medidas econômicas anunciadas pelo presidente Iván Duque, os manifestantes carregam faixas e cantam palavras e ordem em homenagem a Dilan Cruz.
Centenas de estudantes também já começaram a se concentrar na região sul de Cartagena. Membros de sindicatos de várias categorias e movimentos populares se somaram aos protestos na cidade.
*Com teleSur