Enquanto o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retornava da conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Copenhague, a Colômbia incrementava sua capacidade militar. O Exército colombiano ativou neste sábado (19) novos batalhões de aviação, dois deles na fronteira com a Venezuela. O número total de batalhões varia de acordo com a fonte: seis ou sete.
Segundo a imprensa local, com estas novas unidades, a aviação colombiana passaria a ser uma das mais numerosas e bem treinadas da América Latina. O governo venezuelano não havia feito comentários até a finalização desta reportagem.
“As novas unidades militares entraram em ação de maneira imediata nas zonas para as quais foram designadas”, afirmou o comando militar. As unidades próximas à fronteira ficam nos departamentos de La Guajira, no extremo da fronteira norte com a Venezuela, e Arauca, mais ao sul. Os demais ficam no sul da Colômbia, região marcada por confrontos com guerrilha e narcotráfico.
A Força Aérea da Colômbia recebeu equipamento estratégico e aeronaves para a defesa e a segurança da pátria, com as quais estamos melhorando a capacidade de reação do Exército”, disse o comandante, general Oscar González. Segundo ele, as unidades contam com cerca de 120 helicópteros de fabricação norte-americana e russa, com equipamentos de alta tecnologia e pessoal “altamente preparado”.
O ministro da Defesa, Gabriel Silva, visitou nesta sexta a base de La Guajira, onde o governo pretende abrigar entre 800 e 1.000 militares. Ele não disse exatamente quando o projeto vai começar, mas indicou que a previsão é para o começo do ano.
Segundo o ministério, será construído no local um centro de atendimento integral às comunidades fronteiriças. O ministro explicou que a base conta agora com apenas 50 militares e que há também um posto da polícia com seis homens em condições precárias. Segundo ele, a base será financiada com recursos de um imposto cobrado de colombianos com patrimônio superior a 1,5 milhão de dólares.
Relações congeladas
No fim de julho, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou que o comércio com a Colômbia – que chegou a 7 bilhões de dólares no ano passado – fosse “congelado” depois que o país vizinho acusou a Venezuela de apoiar guerrilheiros e fechou um acordo que permitirá o uso de bases colombianas por militares dos Estados Unidos.
Na fronteira, aconteceram nas últimas semanas vários incidentes violentos, com um saldo de mais de dez mortos. Segundo o ministro da Defesa, cerca de 170 mil colombianos perderam o emprego desde o congelamento das relações.
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