Os representantes da Colômbia se retiraram hoje (19) da audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que analisa a demanda equatoriana sobre a morte de Franklin Aisalla, ocorrida em 1º em março de 2008, no mesmo dia do ataque de militares colombianos a um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Equador.
Segundo o governo equatoriano, Aisalla teria sido assassinado por golpes na cabeça efetuados por membros das Forças Armadas da Colômbia depois de ter sobrevivido ao ataque às Farc.
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Bogotá, por sua vez, garante que o resultado de uma necrópsia indica que a morte ocorreu devido ao resultado da explosão das bombas. Além disso, o país também considera que a CIDH é um “foro inadequado” para a discussão.
A retirada dos representantes colombianos ocorreu depois de eles argumentarem que o ataque foi realizado dentro das regras do Direito Internacional Humanitário e que o inimigo do país são as Farc e não o Equador.
Já o procurador-geral equatoriano, Diego García, considerou “inaceitável” a atitude adotada pela Colômbia na audiência, realizada em Washington.
Desde a ação militar colombiana em questão, Quito decidiu romper as relações diplomáticas com a nação vizinha. Nos últimos meses, os chanceleres dos dois países têm buscado uma aproximação e, inclusive, já enviaram os encarregados de negócios para as suas respectivas embaixadas.
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