Mais de 90 pessoas, incluindo soldados das forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas), foram colocadas em quarentena em Bamako, capital do Mali, nesta quinta-feira (13/11), após o governo confirmar a terceira morte de ebola no país. Mesmo com a expansão da epidemia no país, a OMS (Organização Mundial da Saúde), entidade ligada às Nações Unidas, afirma que o Mali “está bem preparado para implementar medidas de emergência e manter o número de casos adicionais reduzido”.
Na terça (11/11), uma enfermeira de 25 anos morreu em decorrência da doença após tratar um paciente da Guiné com sintomas do vírus em uma clínica em Bamako. Antes destas duas vítimas, o primeiro caso da epidemia no Mali havia sido registrado em uma menina de dois anos, que morreu no dia 24 de outubro.
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Efe
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O cidadão da Guiné era um imã muçulmano que acabou não realizando, em vida, o teste para confirmar a contração do vírus. Quando morreu, seu corpo foi exposto em vários rituais fúnebres que podem ter infectado uma série de pessoas.
De acordo com a OMS, há outros quatro casos fatais no Mali em que o ebola é a principal hipótese da causa da morte. Uma das vítimas prováveis seria uma amiga do imã que o visitou no hospital, segundo a Reuters.
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Cerca de 20 soldados das forças de paz da ONU que estavam na clínica em Bamako com ferimentos sofridos enquanto serviam nos conflitos que assolam o norte do Mali foram postos em quarentena por precaução, informou a missão das Nações Unidas.
Trata-se do sexto país da África Ocidental a registrar casos do surto, que já chegou a mais de 14 mil casos confirmados na região. Segundo o último relatório da OMS, a epemia do ebola já fez ao menos 5.160 vitimas fatais.