Em uma terceira tentativa, o Congresso peruano debate nesta quarta-feira (01/02) o projeto constitucional para antecipar as eleições gerais no país para o mês de outubro deste ano.
O Parlamento peruano decidiu adiar a discussão da proposta para esta quarta por não haver consenso sobre o tema entre as diferentes forças políticas representadas no Congresso nas outras duas sessões discutidas.
#CongresoInforma l Citan a sesión del #PlenoDelCongreso, para este martes 31 de enero, desde las 11:00 a. m. pic.twitter.com/QyiHTj1B7J
— Congreso del Perú ?? (@congresoperu) January 30, 2023
Por meio das redes sociais, o presidente do Congresso, José Williams, enfatizou que “hoje o Congresso tomará uma decisão importante” em relação às eleições no país. “No debate sobre as propostas, a grande maioria dos peruanos deve vencer”, completou.
A proposta de antecipar as eleições gerais no país sul-americano é apoiada e promovida por setores da direita parlamentar. Por sua vez, as bancadas de esquerda exigem que o projeto de avanço das eleições inclua a realização de um referendo para uma assembleia constituinte no país – a atual constituição peruana foi imposta em 1993 pelo então ditador Alberto Fujimori.
Hoy el Congreso tomará una importante decisión ante la crisis política. En el debate de propuestas y logro de objetivos no hay ganar-ganar. Quien debe ganar es la gran mayoría de los peruanos.
— José Williams Zapata (@jwilliamszapata) February 1, 2023
Twitter/CGTP PERU
Iniciativa de antecipar eleições visa acabar com mobilizações no país, que ocorrem desde 10 de dezembro
Para ser aprovada, a proposta para adiantar as eleições gerais deve obter 87 votos favoráveis dos 130 parlamentares que compõem a Câmara peruana. Se aprovado, o parecer deve ser submetido novamente à votação na próxima legislatura, por se tratar de uma reforma constitucional.
A iniciativa de antecipar as eleições visa acabar com as mobilizações e protestos no país, convocados por forças sindicais e camponesas contra a presidente Dina Boluarte, que assumiu o governo do país após a destituição de Pedro Castillo no último mês de dezembro.
Centenas de pessoas se mobilizaram na última terça-feira (31/01) pelo centro de Lima até se aproximarem da sede do Parlamento, após uma passeata em que manifestantes voltaram a exigir a renúncia da presidente.
A mídia peruana também noticiou atos de repressão policial ao final da mobilização na capital peruana, que registrou mais de 60 mortes e centenas de feridos nas passeatas.
Multitudinaria movilización popular exigiendo la renuncia de @DinaErcilia, y su gobierno genocida, nuevas elecciones generales y una nueva Constitución#DinaRenunciaYa #EleccionesGeneralesYA #NuevaConstitucion pic.twitter.com/jpFbUsWsZD
— CGTP PERU (@cgt_peru) January 31, 2023
(*) Com TeleSUR