O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic repercutiu nesta quarta-feira (04/01) em toda a Europa, devido a uma entrevista bastante pessimista sobre o cenário da economia global em 2023.
Em coletiva para os meios do seu país, o mandatário sérvio disse que “se espera para 2023 um ano muitíssimo mais duro que 2022”. Apesar de que sua análise trazia estava enfocada em situações que afetarão principalmente a Europa, Estados Unidos e China, ele enfatizou várias vezes que sua previsão é de que os problemas econômicos se projetarão ao mundo inteiro.
Segundo Vucic, o principal elemento da crise será o fato de a Europa se aproximar cada vez mais da recessão, em função dos aumentos dos preços da energia e dos alimentos, que não tendem a retroceder. Ele ressaltou que a Sérvia está tratando de impulsionar uma política para se preparar para um cenário bastante desfavorável nesses dois aspectos.
“Temos que proteger nossos recursos naturais, nossos recursos energéticos, garantir uma provisão mínima para todos os cidadãos, e sobretudo, temos que estocar produtos. Haverá cada vez menos comida em todo o mundo. Precisamos garantir estoque de sal, açúcar, trigo, milho e outros alimentos básicos”, explicou o mandatário.
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O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic
Vucic também assegurou que a Sérvia está “preparada para enfrentar essa no futuro imediato, mas queremos ter mais, pois não sabemos quanto tempo durará esse panorama”.
O líder do país balcânico afirma que outros fatores globais, como o aumento das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos e a desaceleração econômica da China também influem no cenário de crise, e por isso ela afetará o mundo inteiro.
Antes de finalizar, Vucic criticou as sanções que a União Europeia impõe à Rússia e as pressões que seu governo tem sofrido para aderir a essas medidas, apesar de não fazer parte do bloco de países europeus. Segundo ele, as provisões para garantir energia e suprimentos para o seu país neste e no próximo inverno estão propiciados por acordos assinados recentemente com a Rússia e a Hungria.