Quinta-feira, 17 de julho de 2025
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Depois de se encontrar com Joe Biden em Washington, no dia 10 de fevereiro, a próxima viagem internacional do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva será a Pequim, onde deverá se reunir com seu homólogo Xi Jinping na última semana de março.

Se espera que o presidente desembarque na capital chinesa no dia 28 de março, quando aconteceria a primeira reunião entre os dois mandatários.

Junto com Lula devem viajar ao menos três ministros: o chanceler Mauro Vieira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

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A formação da comitiva dá indícios que o incremento das relações comerciais e da cooperação tecnológica entre os dois países estarão entre as pautas prioritárias da visita.

Dilma no ‘Banco dos Brics’

Quem também integrará a delegação que viajará à China é a ex-presidente Dilma Rousseff. Seu nome já foi aprovado pelos demais membros do Brics (organismo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para assumir o comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como “Banco dos Brics”.

Presidente viajará a Pequim no final de março acompanhado de três ministros e de Dilma Rousseff, que deve assumir o Banco dos Brics

Ricardo Stuckert

Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva devem viajar juntos à China na última semana de março

Dilma deve assumir a vaga que vem sendo ocupada desde 2020 pelo economista Marcos Troyjo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

A sede do NBD fica na cidade chinesa de Xangai, mas Dilma deve poder exercer sua presidência mesmo estando no Brasil durante boa parte do tempo.

Paz na Ucrânia

Outro tema importante que Lula deve discutir na China é sobre a formação de uma instância multilateral que seja capaz de negociar um acordo de cessar-fogo temporário entre Rússia e Ucrânia, que seria um primeiro passo do processo que visa promover diálogos para se chegar a um acordo que coloque fim definitivo à guerra.

Em diferentes ocasiões, o presidente brasileiro manifestou que o Brasil pretende ser parte dessa possível iniciativa e que também espera ver a China incluída entre os participantes – inclusive, insistiu nessa pretensão em seus encontros com o chanceler alemão Olaf Scholz, em 30 de janeiro, e com o presidente norte-americano Joe Biden, em 10 de fevereiro.

“Acho que a China pode ter um papel muito importante nessa negociação [para se buscar a paz entre Rússia e Ucrânia]”, ressaltou o mandatário, durante a coletiva conjunta com o chanceler Scholz, em Brasília.

A expectativa é que o encontro entre Lula e Xi seja um avanço para a criação dessa iniciativa buscando negociar a paz no conflito entre Kiev e Moscou.