As eleições primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias (PASO) da Argentina serão realizadas neste domingo (13/08) com o objetivo de decidir quem serão os candidatos que vão concorrer as eleições gerais em 22 de outubro.
O processo leva este nome porque além de decidir os representantes que vão concorrer aos cargos executivos do país, também considera que todos os cidadãos argentinos podem votar nas frentes ou alianças que melhor os representem; simultâneas porque as candidaturas de todo o país são definidas no mesmo ato eleitoral; e obrigatórias tanto para os partidos políticos, quanto para os eleitores.
Assim, as primárias decidirão as nomeações para presidente e vice-presidente da Argentina, bem como os cargos de chefe de governo da cidade de Buenos Aires, e governadores de 21 províncias. Eleitores argentinos poderão votar nas primárias em 106.659 urnas em 17.431 locais de votação autorizados em todo o país.
?️¿Qué son las PASO?#EleccionesArgentina pic.twitter.com/fGConMIf9J
— #EleccionesAR (@InfoDINE) August 7, 2023
Nas primárias, os eleitores definem as listas dos pré-candidatos de cada aliança política ou frente eleitoral. Nomes de pré-candidatos que não pertencem a nenhum partido político também podem ser apresentados.
Twitter/Elecciones Argentina
Materiais eleitorais para as primárias argentinas
Em 13 de agosto, concorrem 27 alianças ou frentes eleitorais para emplacar candidatos à corrida presidencial: Unión por la Patria, Juntos por el Cambio, La Libertad Avanza, Hacemos por Nuestro País, Frente de Izquierda y los Trabajadores-Unidad. Concorrem também o Nuevo MAS, Política Obrera, Libres del Sur, Frente Principios y Valores, Frente Liber.ar, Movimiento Izquierda Juventud Dignidad, Proyecto Joven, Unión del Centro Democrático e Movimiento de Acción Vecinal Orden Nacional.
Para que os pré-candidatos das forças políticas possam concorrer às eleições gerais de outubro, é necessário que cada pré-candidato obtenha pelo menos 1,5% dos votos válidos.
Segundo a pesquisa de intenção de voto divulgada no final de junho, realizada pela CB Consultora, o atual ministro da Economia e representante da coalizão peronista União pela Pátria, Sergio Massa lidera com 24% da preferência. Patricia Bullrich, da Juntos por el Cambio, e Javier Milei, da coalizão A Liberdade Avança, teriam 17% cada, e Horacio Larreta, também da Juntos por el Cambio, 16%.
Em 22 de outubro, primeiro turno das eleições gerais, além dos mais altos cargos executivos, a população argentina também deve escolher 130 deputados nacionais e 24 senadores. Também serão eleitas novas autoridades territoriais, como legisladores provinciais, prefeitos e conselheiros municipais.
Caso necessário, um eventual segundo turno pode ser realizado em 19 de novembro, com posse marcada para o futuro presidente eleito em 10 de dezembro.
(*) Com Brasil de Fato e TeleSUR