Além do derramamento de sangue no povo venezuelano, uma intervenção militar do governo dos Estados Unidos na Venezuela geraria imediatamente graves crises humanitárias e políticas na região da América Latina.
Embora a possibilidade de uma invasão tenha diminuído pouco a pouco, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém essa ameaça em seu discurso. No entanto, o auto-intitulado grupo de Lima, que responde principalmente aos interesses dos EUA, posicionou-se no sentido de rejeitar qualquer solução bélica para os problemas na Venezuela.
De acordo com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a ordem mundial moderna seria imediatamente perturbada no caso de uma hipotética intervenção militar na Venezuela, sem a autorização do Conselho de Segurança, já que é totalmente impossível que a Rússia e a China, como países membros, concedem sua aprovação.
Em primeira instância, uma intervenção militar norte-americana geraria uma rejeição maciça em todo o mundo, já que é provável que as organizações sociais latino-americanas tomem as ruas para exigir de seus governos ações claras para repudiar essa operação.
Além disso, o custo e os riscos de uma invasão seriam enormes para os países vizinhos, como o Brasil e a Colômbia, antes de uma migração em massa previsível.
Uma das conseqüências mais notórias seria a desintegração da unidade entre as nações latino-americanas e caribenhas, diante da decisão forçada de tomar um partido entre a nação invadida e a potência agressora.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira que 92% dos cidadãos rejeitam a invasão militar dos Estados Unidos.
Apesar destas declarações, o líder venezuelano destacou que diante das ameaças de uma intervenção militar na Venezuela é necessário fortalecer a organização popular para a defesa do território.
“Nestes dias de ameaças imperialistas, o povo se organizou e devemos nos organizar cada vez mais (…) uma das chaves de nossa Revolução é a mobilização, conscientização e organização”, disse o presidente Maduro.
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Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira que 92% dos cidadãos rejeitam a invasão militar dos Estados Unidos.