Domingo, 13 de julho de 2025
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A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) anunciou nesta segunda-feira (26/02) a retirada de sanções econômicas impostas ao Níger pelo levante militar no país, em julho de 2023. A aplicação das retaliações levou o país a anunciar sua retirada do bloco, em janeiro passado.

O anúncio sobre as sanções foi realizado por meio do documento oficial da Conferência entre os chefes de Governo dos países membros sobre a situação política na região, realizada no último sábado (24/02). 

Após as conversações, a CEDEAO anunciou a suspenção das sanções, incluindo o fechamento das fronteiras, o congelamento do Banco Central e dos ativos estatais, bem como as limitações às transações comerciais, com efeito imediato.

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No entanto, Omar Touray, presidente da Comissão da CEDEAO, revelou que algumas sanções políticas continuaram em vigor para o Níger, mas não deu detalhes.

Medida foi anunciada para que países reconsiderem decisão de saída do bloco africano, realizada após sofrerem retaliações por seus levantes militares anticoloniais

Ecowas – Cedeao/Twitter

Apesar de anúncio, sanções contra Burkina Faso e Mali não foram retiradas

Outra manutenção do bloco contra o governo militar do Níger foi a reiteração do pedido de libertação do ex-presidente nigeriano Mohamed Bazoum, além de solicitar um “cronograma de transição aceitável” para um novo governo.

O bloco também informou que suspendeu algumas sanções contra a Guiné, que também viveu um levante militar em setembro de 2021, mas não abandonou o grupo – juntamente com Níger, Burkina Faso, e Mali. Mesmo com a medida, a administração militar não se comprometeu em realizar novas eleições. 

Após a retirada das sanções ao Níger, mas não a Burkina Faso e ao Mali, a CEDEAO pediu que “os países reconsiderem a decisão [de saída], tendo em conta os benefícios que os Estados-membros da CEDEAO e seus cidadãos desfrutam na comunidade”.

Segundo o documento, a retirada das sanções foi feita por razões humanitárias. Em paralelo, a desvinculação afetaria os fluxos de comércio e serviços do bloco, em um valor de quase US$ 150 bilhões (R$ 749,27 bilhões) por ano.

(*) Com Sputniknews