A confiança dos italianos no premier Silvio Berlusconi continua em 34% como registrado em julho, o nível mais baixo desde que ele assumiu o governo em 2008, segundo uma pesquisa da IPR Marketing divulgada hoje (21/9) pelo jornal La Repubblica.
Os resultados são anunciados no momento em que o país atravessa uma crise marcada pela eventual perda da maioria governista no Congresso com a ruptura entre o primeiro-ministro e o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, o que poderia levar a novas eleições.
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Efe
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A desconfiança da população em Berlusconi também permaneceu estável de acordo com a sondagem, tendo em maio e julho alcançado o nível recorde de 55%.
Os dados referentes ao governo, no entanto, sofreram queda. O estudo mostrou que o nível de confiança caiu três pontos percentuais desde a última pesquisa, quando era de 37%. A desconfiança aumentou dois pontos percentuais e chegou a 60%, mas se mantém abaixo do recorde de 62% de maio.
Quanto ao partido governista PDL (Povo da Liberdade), apesar de que uma queda de um ponto colocou o índice de credibilidade em 34%, este ainda é o número mais alto entre as agremiações políticas.
Em seguida, com 33%, estão a Liga Norte, da base de apoio a Berlusconi, e a UDC (União da Democracia Cristã e de Centro), que registraram um aumento de 3% e 2% com relação a julho, respectivamente.
A principal força de oposição, o PD (Partido Democrata), sofreu uma queda de 6%, assim como o também oposicionista IDV (Itália dos Valores), que caiu 4% — ambos com um nível de credibilidade abaixo de 30%.
O grupo parlamentar FLI (Futuro e Liberdade para a Itália), fundado recentemente por Fini depois que ele foi expulso do PDL, é alvo da confiança de 20% dos italianos. Esta foi a primeira vez que o FLI entrou na lista de avaliação da pesquisa.
A tensão na maioria governista que se arrasta desde julho, quando houve a ruptura entre o titular da Câmara e o premier, continua alta. O levantamento divulgado hoje mostra o conflito vivido pelo eleitorado diante de uma série de brigas internas tanto no PDL como no principal partido de oposição, o PD, que segundo alguns analistas está a ponto de sofrer um racha.
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 17 de setembro com 1.000 italianos e tem representatividade por idade, sexo e local de residência.
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