O Congresso peruano rejeitou na noite desta segunda-feira (29/03) a segunda tentativa de impeachment em sete meses contra o presidente Pedro Castillo, que havia sido acusado de corrupção e incapacidade de gestão pela oposição de direita no parlamento.
Após mais de oito horas de debate, 55 deputados votaram a favor do impeachment, 54 contra e 19 se abstiveram. Para ser aprovada, a moção de vacância promovida pelos grupos de direita deveria ter obtido apoio de pelo menos 87 dos 130 legisladores.
Castillo celebrou o resultado da votação no Congresso sobre o impeachment, chamando-a de vitória do “bom senso, responsabilidade e democracia”.
A moção contra Castillo incluía alegações de suposta corrupção, a nomeação de figuras controversas para ministérios e cargos públicos superiores, bem como uma suposta falta de capacidade para servir como chefe de estado.
Antes da sessão, ele havia ido ao Parlamento para se defender das acusações, mas deixou o edifício antes do início da votação. Segundo ele, o ato foi para “mostrar o máximo respeito pelo Estado constitucional e suas ferramentas de controle” e que sua luta “não é agora pelo apego ao poder, que é temporário”, mas “para servir o país”.
Esta foi a segunda moção de impeachment contra Castillo desde que ele assumiu o cargo há sete meses, depois que a primeira foi rejeitada em dezembro antes de ir a debate porque por não ter votos suficientes para ser debatida no Parlamento.
(*) Com TeleSUR
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Congresso rejeitou novo pedido de impeachment contra presidente Castillo